Publicado em: 23/04/2013 às 11:40hs
	No fim de março, os estoques de títulos do agronegócio somavam R$ 26 bilhões, 28% mais do que em igual período do ano passado, segundo dados da Cetip, que faz o registro e a custódia desses papéis, entre outros.
	
	O aumento da procura por esses títulos tem um motivo bem atual. Com a queda nas taxas de juros do mercado, qualquer diferença de rendimento começa a ser um diferencial para o investidor.
	
	Os títulos agrícolas têm esse diferencial porque possuem isenção de tributos para os investidores, tanto Imposto de Renda como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
	
	A avaliação é de Fábio Zenaro, gerente-executivo de produtos e negócios da Cetip. Segundo Zenaro, a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é o título mais atrativo, somando estoques de R$ 23 bilhões, 25% mais do que em março do ano passado.
	
	Com lastro de recebíveis originados de negócios entre produtores e cooperativas, os títulos agrícolas permitem o aumento de crédito ao setor.
	
	"Esses títulos são um incentivo adicional para que esse dinheiro seja canalizado para o agronegócio", afirma Zenaro.
	
	A expansão desses títulos não se deve, no entanto, apenas à queda dos juros do mercado, mas também a um amadurecimento desses instrumentos de negociações.
	
	O investidor começa a tomar conhecimento desses papéis e os bancos estão se utilizando mais deles, afirma o gerente-executivo.
	
	A LCA é emitida por instituições financeiras públicas ou privadas e os emitentes são responsáveis pelos direitos creditícios.
	
	Além da LCA, a Cetip registra estoques de R$ 1 bilhão em CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e R$ 2 bilhões para CDCA (Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio).
	
	Zenaro destaca, ainda, a boa evolução dos derivativos de commodities de balcão, próximos de R$ 6 bilhões.
	
	A empresa que não tem acesso ao mecanismo de proteção internacional faz operação com bancos locais. "Eliminam dois tipos de risco: o de mercado e o de câmbio."
	
	A Cetip registrou um estoque total de renda fixa R$ 2,3 trilhões em março. Desse valor, R$ 157 bilhões são títulos imobiliários, com destaque para os R$ 67 bilhões de LCI (Letra de Crédito Imobiliário).
Fonte: Folha de S. Paulo
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