Crédito Rural

Faesc quer linha de crédito para reconstrução de instalações rurais

A abertura de linhas de crédito para a reconstrução de instalações agrícolas afetadas pelas enchentes de junho é a reivindicação da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) para atender cerca de 1.500 famílias rurais prejudicadas


Publicado em: 07/07/2014 às 09:50hs

Faesc quer linha de crédito para reconstrução de instalações rurais

O território catarinense foi castigado, em junho, com recorde histórico em precipitações pluviométricas. No Oeste, Meio Oeste, Planalto Norte e Alto Vale do Itajaí, o acumulado de chuva superou os 500 mm, representando o triplo da média histórica esperada para o mês. No período de 20 dias ocorreram duas enchentes: uma no Vale do Itajaí e Planalto Norte no início do mês e, outra, a pior desde 1983, no Rio do Peixe, Planalto Sul e Vale do Itajaí na última semana de junho.

De acordo com o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (CIRAM), o último evento severo de chuva foi causado por sistemas meteorológicos instáveis que ficaram estacionados em Santa Catarina, durante quase uma semana, provocando chuva persistente e intensa na maior parte do Estado. A região onde mais choveu foi o Oeste, com valores acima de 400 mm, chegando a 430 mm em Chapecó, cuja média climatológica é 175 mm para junho.

O presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo expôs que, neste ano, as perdas não foram grandes na produção porque não há, nessa época do ano, grandes culturas no campo. Exceção é o trigo, cereal típico do inverno, mas é cultivado nos lugares elevados, não atingidos pela enchente. No segmento leiteiro, prevê-se a redução da produção em conseqüência da diminuição do alimento, pois grande parte das pastagens foi afetada pelo excesso de chuva. Pelo menos 40% dos criadores terão aumento de gasto com a alimentação das vacas, pois o estrago nas pastagens exigirá maior aquisição de ração.

Os grandes prejuízos este ano são de outra natureza e localizam-se na estrutura produtiva, como as instalações agrícolas, aviários, criatórios de suínos, estábulos, paióis, armazéns, residências etc.

“As famílias rurais sofreram e sofrem com essa verdadeira hecatombe hídrica e precisam de apoio para o reparo de suas propriedades e a volta ao trabalho”, coloca o presidente. Em razão desse quadro, a Faesc propõe que o Banco do Brasil crie uma linha especial para a realocação e a construção de instalações agrícolas, oferecendo condições facilitadas de prazos de encargos financeiros. Pedrozo lembra que o déficit habitacional rural catarinense, estimado em 17.000 habitações, foi ampliado com as cheias de junho.

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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