Publicado em: 22/08/2014 às 09:40hs
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) financia a segunda fase da unidade industrial da Geociclo Biotecnologia em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que foi iniciada em julho de 2014. A primeira fase, com capacidade para 25 mil toneladas por ano, foi inaugurada no fim de 2012. Agora, a unidade terá capacidade expandida progressivamente até atingir 140 mil toneladas de fertilizante organomineral por ano.
O investimento total é de R$ 32,5 milhões, dos quais R$ 22,5 milhões são financiados pelo BDMG. Os recursos foram empregados em construções civis, principalmente na área de compostagem com impermeabilização do solo e sistema de drenagem de água residual, prédios operacionais e administrativos, máquinas e equipamentos.
Criada pelo empresário Olavo Monteiro de Carvalho e pelos fundos Mantiq e Performa, a Geociclo produzirá o GEOFERT, um tipo único de fertilizante organomineral. O produto final é uma combinação de matéria orgânica, proveniente de resíduos sólidos orgânicos do agronegócio, com macronutrientes – nitrogênio, fósforo e potássio – e micronutrientes solúveis – boro, zinco, manganês etc. Segundo um dos fundadores da Geociclo, Ernani Judice, o processo de produção começa na obtenção e no tratamento dos resíduos. "Utilizamos principalmente a torta de filtro de usinas sucroalcooleiras, mas podemos usar outras fontes, como resíduos animais, florestais, industriais ou de plantação de grãos", explica.
Os resíduos são analisados nos laboratórios da Geociclo, que desenvolve e aplica soluções para biodegradação acelerada. "Os resíduos são então tratados e o produto final, a matéria orgânica estabilizada, segue para nossa planta de produção do fertilizante organomineral", completa. Posteriormente são ajustadas as características físicas da matéria orgânica e adicionados minerais. "O material passa por mais quatro processos até estar pronto. O produto final é um fertilizante organomineral, cuja matéria orgânica protege os minerais e os libera de forma gradual, otimizando a absorção pela planta", ressalta Judice.
A matéria orgânica permanece no solo, recuperando-o e melhorando-o. "Ao contrário de um fertilizando mineral tradicional, o GEOFERT não só aduba as plantas de maneira mais eficiente, como também melhora as condições dos solos, que são muito pobres no Brasil. Trata-se de um produto de maior eficiência agronômica, com mais de 20% de produtividade média a mais que o fertilizante mineral, além de ser sustentável e inovador", destaca.
A produção será 100% destinada ao mercado interno. A expansão da unidade irá atender a uma demanda por fertilizantes e por tratamento de resíduos orgânicos no Triângulo Mineiro, região com destaque no agronegócio brasileiro. "Após inaugurarmos nossa unidade em 2012, recebemos uma demanda cinco vezes maior que a capacidade inicial de produção, o que culminou com a decisão de expandirmos para atender a esse mercado", explica.
Para Judice, o apoio do BDMG foi fundamental para concretizar o crescimento da Geociclo, que faturou R$ 15 milhões em 2013 e deve alcançar R$ 75 milhões neste ano. "Todo o processo foi conduzido com muita eficiência, principalmente com a agilidade para uma empresa que investe em tecnologia", finaliza.
Fonte: FSB COMUNICAÇÕES
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