Publicado em: 12/12/2025 às 09:30hs
O Banco do Brasil (BB) já desembolsou cerca de R$ 85 bilhões em financiamentos para o agronegócio na safra 2025/26, que começou em 1º de julho e se estenderá até 30 de junho de 2026. Os recursos incluem crédito rural, títulos agrícolas, crédito agroindustrial e financiamento para giro, abrangendo também operações de renegociação de dívidas rurais. A informação foi divulgada pelo vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Gilson Bittencourt.
Somente nas operações de crédito rural, o BB registrou R$ 78,3 bilhões desembolsados até novembro, valor inferior aos R$ 96 bilhões do mesmo período da safra anterior. Apesar da retração, o banco mantém a expectativa de equilibrar os desembolsos até o encerramento da temporada, em julho de 2026.
Ao todo, o Plano Safra 2025/26 prevê R$ 230 bilhões em financiamentos para o setor agropecuário. “A expectativa é que ao fim deste mês alcancemos o teto de limite de várias linhas de crédito rural e solicitaremos remanejamentos entre linhas, se necessário”, afirmou Bittencourt.
Do total ofertado nesta safra:
Na agricultura familiar, os desembolsos seguem dentro das expectativas, com o Pronamp próximo aos níveis da temporada anterior. Já na agricultura empresarial, observa-se uma retração de 35% a 40% na demanda por novos investimentos, motivada por juros elevados e rentabilidade histórica limitada. “Este é o momento para quem está bem financeiramente reorganizar o fluxo de caixa, postergando investimentos até uma possível redução da Selic”, destacou o vice-presidente.
O custeio para grandes produtores também registra queda em relação à safra anterior. “Efetivamente, há menor procura por crédito a taxas livres”, reforçou Bittencourt.
O BB acompanha possíveis impactos do fenômeno La Niña, mas avalia que a safra apresenta desenvolvimento positivo. Segundo o executivo, tanto o IBGE quanto a Conab indicam estabilidade na produção, com grande parte das áreas já plantadas e sem redução expressiva da área cultivada.
Em relação aos preços, o banco espera que as cotações dos principais produtos agrícolas retornem aos níveis históricos, garantindo a rentabilidade dos produtores. “Áreas com custos elevados tornam-se mais restritivas, mas a produção segue dentro do esperado, e não prevemos impacto significativo na produtividade”, concluiu Bittencourt.
Fonte: Portal do Agronegócio
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