Publicado em: 17/10/2025 às 08:30hs
Uma recente decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) tem repercutido no setor agropecuário ao impedir a retomada de pivôs de irrigação utilizados por uma empresa rural em recuperação judicial.
O entendimento amplia o conceito de bem essencial, reconhecendo que determinados equipamentos são estratégicos para garantir a continuidade da atividade agrícola e proteger a produtividade da propriedade.
Segundo André Aidar, sócio e head de Direito do Agronegócio no Lara Martins Advogados, a decisão representa uma mudança de paradigma:
“A essencialidade não depende do tamanho ou do valor do bem, mas do seu papel estratégico dentro da produção”, afirma Aidar.
O advogado Adhemar Michelin Filho, da Michelin Sociedade de Advogados, aponta que o entendimento do TJ-GO já influencia renegociações de dívidas rurais:
A interpretação exige mais transparência e equilíbrio nas operações de crédito, protegendo o produtor de cláusulas abusivas.
“Os tribunais estão mais atentos à disparidade de forças entre produtor e instituição financeira, obrigando os bancos a agir com maior diligência e transparência”, explica Michelin Filho.
A decisão do TJ-GO consolida o entendimento de que equipamentos estratégicos, mesmo com valor econômico relativamente baixo, são essenciais para a continuidade da atividade rural, fortalecendo a segurança jurídica do produtor e garantindo a função social da propriedade.
Fonte: Portal do Agronegócio
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