Publicado em: 19/08/2025 às 13:30hs
A sucessão empresarial continua sendo um dos principais desafios para negócios familiares no país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 90% das empresas brasileiras têm origem familiar, mas poucas se preparam para a transição de comando. A ausência de um plano sucessório pode resultar em conflitos internos, queda na produtividade e até no fechamento das empresas.
Dados do Banco Mundial reforçam o alerta: apenas 30% das empresas familiares chegam à terceira geração, e menos de 15% sobrevivem a esse ciclo de sucessão. Isso coloca em risco não só o presente do negócio, mas todo o legado construído ao longo de décadas.
A pós-doutora em Contabilidade Ivone Vieira Pereira destaca que o segredo está na antecipação. Segundo ela, o tema ainda é pouco debatido no Brasil.
“Não faz parte da nossa cultura estudar sobre inteligência financeira ou sucessória. Mas muitos já estão começando a se planejar, e é importante que comecem agora”, afirma.
O alerta ganha força diante da Reforma Tributária, que prevê aumento no Imposto sobre Transmissão. Em algumas regiões, a elevação será significativa. Ivone recomenda que as famílias iniciem o processo sucessório ainda em 2025, para evitar impactos financeiros negativos em 2027, quando as novas regras devem entrar em vigor.
Entre as práticas indicadas para garantir uma transição segura estão:
Ivone reforça que a sucessão deve ser encarada como um processo de proteção patrimonial.
“É preciso pensar em todo o patrimônio construído por um longo período, muitas vezes com muito esforço. Proteger isso com estratégia é a melhor escolha”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
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