Publicado em: 23/10/2025 às 13:30hs
No agronegócio, a sucessão patrimonial exige planejamento preventivo e estruturado, considerando a complexidade das atividades rurais e a necessidade de manter a continuidade das operações entre gerações. Um planejamento sucessório bem definido assegura harmonia familiar, sustentabilidade econômica e preservação do patrimônio.
Sem um planejamento prévio, a transferência dos bens após o falecimento do titular ocorre por meio de inventário judicial ou extrajudicial, processos demorados, custosos e muitas vezes geradores de conflitos familiares. A falta de definição clara sobre a gestão das propriedades pode comprometer produtividade, cumprimento de contratos e governança da empresa rural.
Existem diversas formas de estruturar a sucessão, cada uma com impactos jurídicos e tributários específicos:
Segundo Camille Trentin, advogada especialista em família e sucessões do escritório Álvaro Santos Advocacia e Consultoria no Agro, a doação em vida é uma ferramenta eficaz no contexto rural. Essa modalidade permite a transferência antecipada de bens aos herdeiros, possibilitando a definição de cláusulas restritivas, como inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade, protegendo o patrimônio de riscos legais, credores ou efeitos de regimes matrimoniais.
Além disso, a doação pode incluir reserva de usufruto vitalício, permitindo que o doador continue administrando e usufruindo da propriedade enquanto vivo, garantindo controle sobre operações e gestão. Trentin destaca que o processo exige planejamento jurídico e contábil rigoroso, observando normas estaduais do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), custos de registro e implicações fiscais da transferência.
Quando bem estruturada, a doação em vida reduz disputas familiares, mitiga encargos tributários e assegura a continuidade das atividades agrícolas, eliminando a necessidade de inventário e tornando o processo relativamente rápido. A advogada reforça a importância de assessoria jurídica especializada para evitar nulidades ou problemas futuros.
A sucessão no agro envolve questões patrimoniais, societárias, tributárias e contratuais que demandam análise técnica aprofundada. Contar com advogados especializados em Direito de Família, Sucessões, Direito Empresarial e Agrário é essencial para garantir segurança jurídica e alinhamento aos objetivos familiares e empresariais.
Segundo Camille Trentin, “o trabalho é preventivo: realizamos levantamento de bens e pessoas envolvidas, gerimos todo o processo e evitamos nulidades e contingências tributárias, garantindo que a sucessão ocorra de forma ordenada, transparente e sustentável”.
O escritório Álvaro Santos Advocacia e Consultoria no Agro, com sede em Jataí (GO), atua há mais de 10 anos exclusivamente com questões do agronegócio. Sua equipe multidisciplinar oferece suporte completo em planejamento patrimonial, meio ambiente, tributação rural, trabalhista e previdenciário, acompanhando produtores de todos os portes em todas as etapas da atividade rural.
Fonte: Portal do Agronegócio
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