Publicado em: 03/09/2025 às 13:46hs
Durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado, o advogado Celso Vilardi, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que Bolsonaro não cometeu atos contra o Estado Democrático de Direito. Vilardi sustentou que o ex-presidente foi "dragado" para os fatos investigados pela Polícia Federal e que não há evidências concretas de sua participação na trama golpista.
Vilardi também criticou a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, argumentando que a colaboração não deveria ser aceita como prova no processo. Ele afirmou que a delação é "mais grave que jabuticaba" e que a proposta do Ministério Público não existe em nenhum lugar do mundo, sugerindo que deveria ser anulada.
O advogado destacou que a defesa de Bolsonaro enfrentou dificuldades devido à disponibilização tardia de documentos pela Polícia Federal. Vilardi afirmou que os advogados receberam "bilhões de documentos" apenas após o início da instrução, o que comprometeria o direito de defesa do ex-presidente.
O julgamento, iniciado em 2 de setembro de 2025, envolve Bolsonaro e outros sete réus, incluindo ex-ministros e generais de seu governo, acusados de articular uma tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. As acusações incluem tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e dano qualificado à União. A pena para os crimes pode ultrapassar 40 anos, mas, pela legislação brasileira, o tempo máximo de cumprimento efetivo é de 40 anos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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