Agricultura Familiar

Mais Alimentos alavanca o faturamento de empresas da agricultura familiar

O programa Mais Alimentos, que destina recursos para investimentos individuais e coletivos em infraestrutura da propriedade rural, melhora, também, o rendimento da indústria nacional


Publicado em: 12/03/2014 às 14:00hs

Mais Alimentos alavanca o faturamento de empresas da agricultura familiar

Empresas têm obtido grande parte de seu faturamento graças às vendas para o programa.

De acordo com o coordenador do Mais Alimentos, Marco Antônio Viana Leite, o programa tem uma participação efetiva no financiamento dos produtos do setor industrial. Ele afirma que o programa surgiu para atender às demandas da agricultura familiar aumentando a oferta de alimentos na mesa do consumidor brasileiro e, também, para exportação. “Nós também nos preocupamos com o viés de atendimento à indústria nacional, e esse atendimento se dá, principalmente, em uma ótica de processamento, ou seja, de agregação de valor aos produtos. A indústria produtora de máquinas e equipamentos para processamentos tem uma participação efetiva dentro do programa”, explica.

As indústrias têm fornecido produtos e equipamentos para a agricultura familiar, dando competitividade ao setor. Um exemplo é a Japa, que existe desde 2002 e cresceu a partir de sua entrada no programa. O diretor da empresa, Jamir Eugenio Weber, conta que ela produzia sucos, vinhos e equipamentos. “Quando o agricultor começou a procurar equipamentos para suco e uma linha de crédito que propiciasse a compra desse aparelho, encontramos o Mais Alimentos, com juros baixos e bem acessíveis para os agricultores”, lembra.

A Japa começou a participar do Mais Alimentos Agroindústria em 2010. Segundo Jamir, a iniciativa partiu da empresa que queria incluir equipamentos de produção de sucos, como máquinas de pasteurização e envasadora. “Há temporadas que nosso faturamento é de 85% a 90%, só do Mais Alimentos. A empresa se dedicou praticamente só para a agricultura familiar. Então, quem mantém a empresa, realmente, é o programa”, declara.

“Nos últimos quatro anos quem manteve a empresa foi o Mais Alimentos. Crescemos bastante, começamos com apenas oito funcionários e, hoje, triplicamos: temos 25 e ainda esperamos passar de 30. Queremos crescer 50% em um ano”, conta o diretor.

Produto

Outro exemplo é a empresa Fontana, que, segundo o gerente, Salviano Luís Pinto, até 2009 vendia por compra direta. “Não era tão fácil para o agricultor adquirir o produto, até que com o Mais Alimentos viram que as opções são boas, os juros baixos e, de fato, há liberação de crédito. Agora é muito mais fácil e o pessoal procura direto pelo Mais Alimentos”, afirma.

A Fontana tem cadastrada no Mais Alimentos duas máquinas, sendo que uma delas tem três modelos. São o coletor de hortifrutigranjeiros e o reboque hidráulico. Salviano conta que, com esses produtos, conseguiram na safra 2011/2012, após a entrada no programa, ter um crescimento maior. Hoje, 80% das máquinas são para o Mais Alimentos. “Depois disso, passamos a ter mais capital de giro, compramos mais matéria-prima tudo isso graças ao programa. E não corremos o risco de levar um calote ou não ter pagamento”, diz.

A Fontana existe desde 2005 e, conforme Salviano, antes de entrar no programa fabricava produtos mais artesanais. “O cliente vinha, solicitava e a gente fabricava a máquina para ele. A partir do momento que entramos no Mais Alimentos passamos a ampliar a produção e a empresa cresceu, temos máquina em estoque, a pronta entrega e dependemos mais de vender para poder fabricar. Se o cliente chegar aqui hoje consegue fazer sua compra”, enfatiza.

Fonte: MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário

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