Publicado em: 30/08/2012 às 17:30hs
Em texto lido pela deputada Liza Prado (PSB), o presidente do parlamento mineiro, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), ressaltou que a agricultura familiar é responsável por 10% do Produto Interno Bruto do País”.
O deputado também lembrou que 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são provenientes do setor. “Esse tipo de agricultura é estratégica porque tem um menor impacto ambiental e polui menos, já que há um uso menor de pesticidas. É imprescindível também que os governos federal e estadual criem condições para que os trabalhadores fiquem no campo, diminuindo o êxodo rural e, por consequência, a sobrecarga dos centros urbanos”, afirmou Dinis Pinheiro.
O presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial, deputado Antônio Carlos Arantes (PSC), destacou o fato de que a balança comercial do Brasil é toda baseada na agropecuária. Segundo ele, se hoje o crédito é barato e acessível para o produtor rural, por outro lado há a questão da comercialização, o principal gargalo do setor. “Falta assistência técnica e apoio para que os produtores possam vender seus produtos pelos melhores preços. Muito desse problema passa pela questão das estradas vicinais, que, em muitas regiões, estão em péssimo estado de conservação. Além do Caminhos de Minas, que vai nos dar 300 rodovias em boas condições, temos de pensar também num programa pró-vicinal para Minas Gerais, porque sem essas estradas fica difícil o agricultor se deslocar, e os seus filhos não conseguem ir para a escola”.
O membro da subcomissão especial destinada a avaliar os avanços e desafios das políticas públicas de Segurança Alimentar, deputado federal Padre João (PT/MG), citou duas importantes medidas tomadas pelo governo estadual que tiveram a participação dos agricultores familiares em sua formulação: a Lei 19.485, de 2011 – Pró-Macaúba e a criação dos bancos de sementes comunitários. Ele também falou do Minha Casa, Minha Vida Rural e do esforço do Governo estadual em regularizar os terrenos rurais sem documentação. “Tem uma série de questões estratégicas que precisam ser planejadas para o homem do campo. Para o agronegócio, precisamos repensar o plantio sem o uso de venenos, nos polos agroecológicos de produtos orgânicos. Os bancos de sementes são estratégicos também e nos darão autonomia”.
O deputado Rogério Correia (PT) disse que é a terceira vez que a ALMG recebe o lançamento do Projeto Safra e que os números desse ano trazem muita alegria para os agricultores. “Em 2002, início do governo Lula, eram R$ 200 mil. Dez anos depois, são R$ 2,4 bilhões destinados aos agricultores familiares. Temos muito o que comemorar, mas ainda há bastante coisa a conquistar. Precisamos que a reforma agrária avance, de mais técnicos agrícolas e de uma legislação específica para os produtores familiares”.
O secretário extraordinário de Regularização Fundiária, Wander Borges, declarou que no ano passado o Governo de Minas emitiu 50 mil novos títulos de propriedade e tem se empenhado na regularização das terras rurais, pois isso dá cidadania e qualidade de vida aos produtores rurais. “Queremos que os nossos produtos ganhem espaço não só no mercado interno, mas também avancem rumo ao mercado externo”.
Encerrando a abertura do ciclo de debates, o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, ressaltou que 65% dos trabalhadores do campo pertencem à agricultura familiar. “O progresso do Estado passa pelas mãos de nossos produtores. Temos tido sucesso com o programa estruturador "Cultivar, Nutrir e Educar". E para 2013 planejamos um programa para promover o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. Já avançamos muito, mas precisamos progredir mais”.
Fonte: Assessoria de Imprensa ALMG
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