O curso de Artesanato em Argila do SENAR MINAS foi oferecido para duas turmas em Guaraciaba, uma para mulheres vinculadas à Guaraciaba Assistência Social (GAS) e outra para produtoras rurais da comunidade do Xibu. No total, 24 mulheres aperfeiçoaram o ofício de trabalhar a argila utilizando técnicas variadas.

Para a secretária municipal de Assistência Social de Guaraciaba e vice-presidente da GAS, Dalva Maria Araújo Barbosa, o curso do SENAR veio complementar um trabalho já desenvolvido pela associação junto a pessoas da terceira idade com realização de cursos de corte e costura, por exemplo, que mobilizam as participantes. Para a secretária, essa iniciativa ajuda a retirar as mulheres da ociosidade e estimula a criatividade. “O aprendizado também se transforma em geração de renda”, afirma.

As produtoras da comunidade do Xibu iniciaram recentemente o trabalho com argila, vendendo peças de artesanato para a comunidade local. Nesse contexto, o curso do SENAR MINAS em parceria com o Sindicato de Produtores Rurais de Ponte Nova, veio fortalecer essa atividade. A mobilizadora Mônica Vieira da Silva elogiou as peças produzidas. “Ficaram excelentes!”

A ceramista e instrutora do curso, Marciana de Fátima Félix da Silva, que se dedica ao estudo do Artesanato e da Cerâmica há 17 anos, explica que a argila é um material que já era utilizado na antiguidade e, no Brasil, há muitos anos, tinha alta carga de preconceito, pois as peças de cerâmica eram restritas aos índios e escravos. Hoje, no entanto, o artesanato em argila é muito valorizado e representa uma ótima opção de geração de renda. “O mercado é muito receptivo a peças diferenciadas e de boa qualidade”, explica.

Ela destaca que é importante estimular a perspectiva do artesanato autossustentável, que é baseado na inclusão social e na geração de renda, além de utilizar apenas materiais naturais em sua produção. “Outra faceta do artesanato em argila é sua relação com a terapia, já que o trabalho com esse material engloba os quatro elementos da natureza: terra, fogo, água e ar, vinculados a práticas terapêuticas”.