Publicado em: 12/09/2024 às 10:30hs
O mais recente Boletim do Suíno, divulgado pelo Cepea em agosto, já está disponível no site da instituição. Esta edição traz uma análise detalhada sobre o comportamento do mercado no último mês, destacando a valorização do suíno vivo e da carne em diversas regiões do Brasil, além de abordar o cenário das exportações e a competitividade frente a outras proteínas.
Em agosto, os preços médios tanto do suíno vivo quanto da carne suína registraram novas altas em praticamente todas as regiões monitoradas pelo Cepea. Em alguns locais, o preço do animal vivo alcançou o maior patamar desde fevereiro de 2021, considerando os valores ajustados pelo IGP-DI de agosto. Esses aumentos são atribuídos à oferta limitada de suínos com peso ideal para o abate, aliada à forte demanda da indústria, especialmente para atender o mercado externo, que vem crescendo consistentemente há quatro meses.
Embora tenham registrado queda em relação a julho, as exportações brasileiras de carne suína, tanto in natura quanto processada, mantiveram-se em níveis historicamente elevados em agosto. Isso reflete o contínuo aquecimento da demanda internacional pela proteína suína brasileira. Agosto foi o segundo melhor mês em volume de exportações no ano, ficando atrás apenas de julho, além de ter estabelecido um recorde para o mês, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), cuja série histórica teve início em 1997.
O poder de compra dos suinocultores paulistas frente ao milho registrou alta pelo sétimo mês consecutivo em agosto. No caso do farelo de soja, o produtor também obteve ganhos pelo segundo mês seguido. Esse cenário favorável é resultado das significativas altas nos preços do suíno vivo no mercado independente. Na região conhecida como SP-5, que abrange Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, o preço do quilo do suíno vivo passou de R$ 7,68 em julho para R$ 8,46 em agosto, uma valorização expressiva de 10,2%.
No comparativo entre julho e agosto, os preços médios da carne suína apresentaram uma forte alta. As carnes bovina e de frango também se valorizaram no mesmo período, porém em menor proporção, o que resultou em uma leve perda de competitividade da carne suína em relação às demais. A carcaça especial suína, comercializada no atacado da Grande São Paulo, registrou um aumento de 9,6%, com o preço médio passando de R$ 11,34/kg em julho para R$ 12,42/kg em agosto.
Com esse cenário, a suinocultura continua a demonstrar sinais de recuperação e consolidação no mercado, tanto no Brasil quanto no exterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
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