Publicado em: 29/12/2025 às 12:00hs
O ano de 2025 foi amplamente favorável para a suinocultura brasileira, que encerrou o período com resultados sólidos, custos equilibrados e um novo recorde histórico de exportações. Mesmo diante de um mercado interno de preços estáveis, o setor manteve margens de rentabilidade saudáveis e desempenho consistente em toda a cadeia produtiva, conforme análise de Allan Maia, especialista da Safras & Mercado.
Um dos principais fatores que sustentaram o bom resultado da suinocultura em 2025 foi o controle dos custos de produção. As boas safras de milho e soja, principais insumos utilizados na alimentação dos suínos, ampliaram as relações de troca e ofereceram previsibilidade aos produtores.
Esse cenário reduziu pressões sobre as despesas operacionais, permitindo um planejamento mais seguro e eficiente, mesmo em momentos de menor dinamismo nos preços internos.
A oferta de carne suína avançou em ritmo compatível com a capacidade de absorção dos mercados doméstico e internacional. De acordo com Maia, não houve excesso de produção, o que ajudou a manter a estabilidade e evitar desequilíbrios ao longo do ano.
Esse equilíbrio produtivo foi essencial para garantir preços sustentáveis e preservar a competitividade da proteína no mercado.
O grande destaque de 2025 foi o desempenho das exportações. O Brasil deve encerrar o ano com um novo recorde histórico nos embarques de carne suína, consolidando o mercado externo como o principal suporte à rentabilidade do setor.
Segundo Maia, em diversos momentos, a demanda internacional compensou a limitação do consumo doméstico, atuando como um importante amortecedor de preços. Entre os principais destinos, destacaram-se Filipinas, Japão e México, que ampliaram as compras ao longo do ano.
No mercado doméstico, o consumo de carne suína manteve-se em terceiro lugar na preferência do brasileiro, atrás da carne bovina e do frango. Sempre que os preços subiram de forma mais acentuada, houve retração na demanda e migração dos consumidores para proteínas concorrentes.
No primeiro trimestre de 2025, o consumo interno foi prejudicado pelo aumento das despesas familiares e pelas temperaturas elevadas, que tradicionalmente reduzem a procura por carnes.
Já nos últimos meses do ano, os preços permaneceram estáveis, mas a concorrência com o setor avícola se intensificou. O excesso de oferta de carne de frango limitou o avanço da suína no varejo, reforçando a disputa por espaço entre as proteínas.
Embora a China tenha reduzido suas importações de carne suína brasileira ao longo de 2025, o movimento esteve mais relacionado ao excesso de oferta interna no país asiático do que à perda de competitividade do produto nacional.
Por outro lado, a ampliação das relações comerciais e sanitárias com novos mercados resultou em uma maior diversificação de destinos, reduzindo riscos e fortalecendo a posição do Brasil como um dos maiores exportadores globais de carne suína.
Fonte: Portal do Agronegócio
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