O cenário para a suinocultura brasileira ganha contornos otimistas em 2023, marcando o início de uma recuperação impulsionada por custos de produção mais baixos e um recorde nas exportações de carne suína. Este movimento representa uma reviravolta positiva para o setor, que enfrentou um longo período de prejuízos.

Os produtores agora se beneficiam não apenas de custos menores de produção, mas também de exportações expressivas que fortalecem o poder de compra, especialmente em relação aos principais insumos utilizados na atividade, como milho e farelo de soja. Pesquisadores do Cepea observam que as regiões Sul do país experimentaram valorizações mais significativas no preço do suíno vivo, impulsionadas pela redução da oferta local de animais de produção independente.

Durante os anos de 2018 a 2022, custos elevados impactaram negativamente as margens do setor, levando pequenos e médios produtores independentes a reduzirem seus plantéis ou, em alguns casos, a desistirem da atividade. Quanto à carne suína, os frigoríficos enfrentaram desafios ao repassar as valorizações do animal vivo, devido à baixa liquidez no mercado doméstico ao longo da maior parte do ano.