Publicado em: 22/08/2025 às 16:30hs
O mercado de carne suína no Brasil manteve preços em alta durante a última semana, impulsionado pelo ritmo acelerado de comercialização e oferta ajustada. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos intensificaram a compra de animais, enquanto o atacado também apresentou boa fluidez na comercialização.
“Há agentes do mercado com cautela, considerando possível desaceleração do consumo até o fim do mês, o que pode impactar a reposição futura”, alerta Maia.
O analista destaca que fatores como a descapitalização das famílias e os preços atrativos da carne de frango, concorrente direto, podem influenciar a demanda nos próximos dias. Por outro lado, a exportação brasileira aquecida contribui para reduzir a disponibilidade no mercado interno, fortalecendo os preços.
Levantamento de Safras & Mercado apontou avanços significativos nos preços:
Em São Paulo, a arroba suína subiu de R$ 165,00 para R$ 171,00. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo manteve R$ 6,60 na integração e subiu de R$ 8,15 para R$ 8,40 no interior. Santa Catarina registrou R$ 6,60 na integração e aumento de R$ 8,05 para R$ 8,30 no interior.
No Paraná, o quilo vivo avançou de R$ 8,10 para R$ 8,40 no mercado livre, enquanto na integração manteve-se em R$ 6,65. Mato Grosso do Sul teve valorização em Campo Grande de R$ 7,90 para R$ 8,15, e Goiânia (GO) registrou R$ 8,20 para R$ 8,60. No interior de Minas Gerais, os preços subiram de R$ 8,50 para R$ 8,90 e, no mercado independente, de R$ 8,70 para R$ 9,10. Em Mato Grosso, Rondonópolis avançou de R$ 7,85 para R$ 8,20, enquanto a integração manteve R$ 7,05.
As exportações de carne suína “in natura” no Brasil registraram US$ 166,615 milhões em agosto (11 dias úteis), com média diária de US$ 15,146 milhões. O volume exportado chegou a 64,328 mil toneladas, com média diária de 5,848 mil toneladas e preço médio de US$ 2,590 por tonelada.
Na comparação com agosto de 2024, houve crescimento de 27,8% no valor médio diário, alta de 21,4% na quantidade média diária e aumento de 5,3% no preço médio, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior.
O analista ressalta que o custo da nutrição segue com evolução contida, favorecendo a formação de margens e trazendo otimismo ao setor.
“A combinação de exportações fortes, oferta ajustada e custos controlados mantém o mercado de suínos em patamares positivos, beneficiando os produtores”, conclui Allan Maia.
Fonte: Portal do Agronegócio
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