Publicado em: 10/10/2025 às 17:00hs
A semana registrou preços estáveis a ligeiramente mais fracos tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, os agentes do setor seguem atentos à evolução da demanda no varejo e à reposição entre atacado e pontos de venda.
O especialista destaca que a entrada de salários e maior disponibilidade de renda das famílias pode impulsionar as vendas no curto prazo, mas ainda não há sinais consistentes de recuperação nos preços, fazendo com que a indústria negocie o suíno vivo com cautela.
Apesar da pressão sobre os preços internos, a exportação brasileira de carne suína segue em ritmo acelerado, contribuindo para reduzir a disponibilidade de produto no mercado doméstico e sustentando parte da demanda do setor.
Em setembro, as exportações de carne suína “in natura” totalizaram US$ 346,1 milhões em 22 dias úteis, com média diária de US$ 15,7 milhões. A quantidade total exportada foi de 134,1 mil toneladas, com média diária de 6,1 mil toneladas e preço médio de US$ 2.581,6 por tonelada. Em relação a setembro de 2024, houve alta de 28,6% no valor médio diário, 24,5% na quantidade média diária e 3,3% no preço médio.
De acordo com levantamento de Safras & Mercado, o preço médio do quilo do suíno vivo registrou leve queda, passando de R$ 7,94 para R$ 7,91 na semana. Nos cortes de atacado, o pernil ficou em R$ 13,40, enquanto a carcaça caiu de R$ 12,51 para R$ 12,49.
No estado de São Paulo, a arroba suína recuou de R$ 167,00 para R$ 166,00. Em outras regiões:
O recuo dos preços reflete uma combinação de fatores, incluindo demanda interna ainda tímida, entrada gradual de renda das famílias e ritmo acelerado das exportações, que reduz a oferta interna. O cenário exige atenção dos pecuaristas e indústria para equilibrar produção, vendas e preços, mantendo a competitividade do setor suinícola brasileiro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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