Publicado em: 11/07/2025 às 18:00hs
O Paraná encerrou a colheita da cevada, última cultura de inverno, com uma produção estimada em 286 mil toneladas na safra 2023/24. Esse volume representa um crescimento de 8% em relação às 265,4 mil toneladas do ciclo anterior. Apesar da área cultivada ter sido 7% menor, totalizando 78 mil hectares contra 83,5 mil no ano passado, a produção superou o desempenho anterior, mas ficou abaixo da estimativa inicial de 340 mil toneladas devido às condições climáticas desfavoráveis durante o desenvolvimento da planta.
A região de Guarapuava manteve sua liderança na produção, com cerca de 124 mil toneladas, mesmo com área plantada menor que a de Ponta Grossa, região que enfrentou impacto negativo pelo tempo seco.
Segundo Carlos Hugo Godinho, analista de cevada do Deral, a qualidade do produto nesta safra deve ser superior à da anterior. “Há uma fração maior de cevada com padrão adequado para fabricação de malte em comparação a 2023”, afirmou. No ano passado, cerca de 30% da cevada foi destinada à ração devido às chuvas excessivas, reduzindo a oferta para a indústria e aumentando a necessidade de importação, que já soma 363 mil toneladas até outubro de 2024, bem acima das 165 mil toneladas importadas em 2023.
O Paraná deu início à colheita da batata, primeira cultura de verão da safra 2024/25. Foram plantados 16,6 mil hectares, dos quais já foram colhidos 342 hectares. A expectativa é de produção de 527,9 mil toneladas, 34% acima do volume de 393,7 mil toneladas da safra anterior.
Na Ceasa Curitiba, a saca de 25 quilos está cotada a R$ 85,00, valor 34,6% menor que o da semana passada e 15% inferior ao do mês anterior. No varejo, porém, o preço da batata subiu 23,8% em outubro, chegando a R$ 6,40 o quilo. O engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Deral, projeta que os preços ao consumidor devem cair à medida que a colheita avança e o abastecimento aumenta.
Entre janeiro e outubro, as exportações paranaenses do complexo soja cresceram 11,7% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 15,1 milhões de toneladas ante 13,5 milhões. A soja em grão liderou o crescimento, seguida pelo farelo.
A safra 2024/25 caminha para a conclusão do plantio dos 5,8 milhões de hectares previstos, com as lavouras apresentando bom desenvolvimento e perspectivas de produção superiores a 22 milhões de toneladas.
Em outubro, o preço médio do litro de leite entregue à indústria no Paraná atingiu R$ 2,87, o maior valor registrado em 2024, em um mês que normalmente apresenta preços mais estáveis.
No entanto, para o consumidor final, o preço do leite longa vida — o mais consumido — subiu 35% em relação a outubro de 2023, passando de R$ 3,94 para R$ 5,34, refletindo a alta geral nos alimentos.
O Paraná bateu recorde pelo segundo mês consecutivo na exportação de carne suína. Em outubro, foram exportadas 20,5 mil toneladas, gerando receita de US$ 50,9 milhões, aumento de 2 mil toneladas e US$ 5 milhões em receita comparado a setembro.
Hong Kong retomou a liderança como principal comprador, seguido pelo Vietnã. As Filipinas, que começaram a adquirir grandes volumes em julho, avançaram para a terceira posição, com 3,33 mil toneladas compradas em outubro.
Este panorama integra o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.
Fonte: Portal do Agronegócio
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