Suíno

O Boletim do Suíno do Cepea de janeiro já está disponível

Nesta edição, confira:


Publicado em: 17/02/2021 às 17:40hs

O Boletim do Suíno do Cepea de janeiro já está disponível

Mercado em janeiro

Em janeiro, o forte recuo na demanda final por carne suína, tanto no mercado interno quanto no externo, acarretou diminuição da procura da indústria por novos lotes de animais de produção independente. No mercado doméstico, o elevado valor da carne suína no início do ano não foi bem absorvido na ponta final. Além disso, tradicionalmente, o mês já é marcado por enfraquecimento na demanda, tendo em vista os gastos extras desta época. A carcaça especial comercializada no atacado da Grande São Paulo se desvalorizou 4,3% de dezembro para janeiro, com média de R$ 10,70/kg no primeiro mês de 2021. Ainda assim, a média esteve 14,4% acima da registrada em janeiro/20, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de jan/21). 

Preços e exportações

As exportações totais de carne suína tiveram forte recuo em janeiro, chegando ao menor volume desde agosto de 2019. A retração das compras por parte da China, principal destino do setor, motivou a diminuição dos embarques. Ressalta-se que essa dependência das vendas ao país asiático já preocupa a suinocultura brasileira há algum tempo e isso tem levado o setor a buscar cada vez mais novos demandantes externos.

Relação de troca e insumos

Os preços do suíno vivo recuaram em janeiro, enquanto os do milho e do farelo de soja, importantes insumos consumidos na atividade, subiram. Diante disso, o poder de compra dos suinocultores frente ao cereal e ao derivado da oleaginosa caiu frente ao registrado em dezembro de 2020. Vale ressaltar que esse foi o quarto mês seguido de queda no poder de compra do produtor.

Carnes concorrentes

A típica redução na demanda final por carne suína em início de ano, tanto interna quanto externa, pressionou os valores pagos pela carcaça em janeiro, especialmente na segunda quinzena do mês. Com as quedas, o preço da carcaça suína se distanciou do da carcaça bovina, mas se aproximou do valor do frango inteiro. Dessa forma, a proteína suína ganhou competitividade frente a essas concorrentes.