Publicado em: 22/08/2025 às 13:30hs
A nutrição adequada durante a fase de creche é determinante para a qualidade da produção de suínos no Brasil. Uma dieta bem formulada não apenas garante crescimento uniforme, mas também reduz problemas sanitários, melhora o bem-estar animal e contribui para otimizar o desempenho produtivo, aumentando a rentabilidade da produção.
Segundo Gabriel Villela Dessimoni, doutor em nutrição e produção animal e nutricionista da Quimtia Brasil, o sucesso produtivo depende da utilização de ingredientes altamente digestíveis. Além disso, a inclusão de suplementos e aditivos fortalece o sistema imunológico dos leitões e melhora a absorção de nutrientes, refletindo diretamente nos índices produtivos.
“O estresse do desmame e a adaptação a novas dietas reduzem temporariamente o consumo de ração, prejudicando o crescimento. Para contornar esse desafio, é essencial formular dietas concentradas em nutrientes e com alta digestibilidade”, explica o especialista.
A fase de creche, que ocorre do desmame até os 60-70 dias de idade, é marcada pela transição do leite materno para dietas sólidas à base de ingredientes vegetais. Dessimoni ressalta que, nesse período, o sistema digestivo dos leitões ainda não está completamente preparado para processar alimentos menos digestíveis.
Uma estratégia nutricional adequada ajuda a reduzir problemas de saúde, como diarreia pós-desmame, favorecendo suínos mais robustos e com melhor desempenho ao final do ciclo produtivo.
Investir em nutrição desde os primeiros dias de vida se traduz em animais que crescem de forma eficiente, diminuindo tempo e custos até o abate. Dessimoni destaca resultados evidentes de uma alimentação balanceada: menor uso de medicamentos, redução da mortalidade e impacto econômico positivo para o produtor.
Por outro lado, uma nutrição inadequada nessa fase pode comprometer o ganho de peso, aumentar a vulnerabilidade a doenças entéricas e prejudicar o potencial produtivo futuro dos suínos.
Na fase de creche, os suínos apresentam necessidades nutricionais maiores devido à imaturidade do sistema digestivo e imunológico. Dessimoni explica que a dieta deve conter proteínas de alta digestibilidade, aminoácidos essenciais, vitaminas, minerais e aditivos que favoreçam a saúde intestinal.
Nas fases de crescimento e terminação, os animais já estão mais desenvolvidos, podendo aproveitar ingredientes mais fibrosos, o que permite uma alimentação mais econômica sem comprometer o desempenho.
Fonte: Portal do Agronegócio
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