Publicado em: 14/08/2025 às 10:10hs
Um novo relatório da RaboResearch revela um cenário dinâmico para a indústria mundial de carne suína no terceiro trimestre de 2025. Entre quedas nos custos de produção e tensões comerciais geopolíticas, produtores e exportadores se adaptam a um mercado em constante transformação.
O comércio global de proteína animal permanece instável, com negociações entre potências como Estados Unidos e China afetando preços e rotas de exportação. Embora a China tenha reduzido suas compras de carne suína americana nos últimos anos, o país ainda é um grande importador de miúdos suínos dos EUA. O desfecho das negociações atuais pode influenciar significativamente o mercado internacional.
Enquanto isso, o Brasil amplia suas exportações e a Europa registra aumento nos embarques em 2025, intensificando a concorrência por novos mercados. Mesmo com acordos comerciais firmados pelos EUA com Reino Unido e Japão, a imprevisibilidade das políticas americanas gera cautela em investimentos e decisões comerciais globais.
A saúde dos rebanhos continua sendo um desafio global. A Peste Suína Africana (PSA) segue afetando regiões da Ásia e Europa, enquanto o vírus da Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína (PRRSv) impacta a produtividade na América do Norte e na Espanha.
O relatório destaca que tecnologias de biosegurança avançada, automação e operações não tripuladas ajudam a mitigar esses riscos. Na China, o controle da PSA impulsionou a migração de pequenos produtores para operações de maior escala e modernizadas, alterando a dinâmica do setor.
Produtores globais encontram alívio com a queda nos custos de produção, principalmente devido à redução nos preços de grãos. O milho apresenta declínio nos valores graças às condições climáticas favoráveis nos EUA e à colheita robusta no Brasil. A expectativa é que os preços do farelo de soja também caiam, beneficiando especialmente o Sudeste Asiático, região que depende fortemente da importação desse insumo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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