Publicado em: 23/05/2025 às 18:00hs
A indústria de carne suína no Brasil seguiu atuando com cautela nas negociações com o mercado de animais vivos nesta semana. De acordo com o analista Allan Maia, da consultoria Safras & Mercado, o setor está atento ao desempenho dos preços no atacado, que não mostraram sinais de recuperação. O movimento reflete uma postura mais conservadora das empresas diante das condições de mercado.
Maia também destacou que a demanda final pode ser impactada negativamente pelo processo de descapitalização das famílias brasileiras, o que limita o consumo de proteínas como a carne suína. Essa pressão adicional na ponta do consumo ajuda a explicar a tendência de queda nos preços observada nos últimos dias.
Apesar do enfraquecimento da demanda interna, o fluxo de exportações de carne suína “in natura” do Brasil permanece aquecido. Esse bom desempenho no mercado externo tem ajudado a aliviar a oferta doméstica, funcionando como um fator de equilíbrio no setor.
A indústria de carnes também acompanha com atenção os possíveis impactos da gripe aviária. Embora ainda não haja consequências diretas no setor de suínos, o mercado está em compasso de espera quanto a novos desdobramentos. “As medidas sanitárias estão sendo cumpridas rigorosamente”, afirmou Maia.
Mesmo com o preço do suíno vivo andando de lado, os produtores estão mais otimistas. Segundo Maia, a expectativa de queda nas cotações do milho — principal insumo da alimentação animal — deve contribuir para o avanço das margens da atividade suinícola, trazendo alívio ao produtor.
Levantamento semanal da Safras & Mercado apontou recuo nos preços do suíno vivo e nos principais cortes comercializados no atacado:
As exportações brasileiras de carne suína “in natura” totalizaram US$ 145,255 milhões em maio, até o dia 17 (11 dias úteis), com média diária de US$ 13,205 milhões. O volume embarcado foi de 56,749 mil toneladas, com média diária de 5,159 mil toneladas, e preço médio de US$ 2.559,80 por tonelada.
Em comparação com o mesmo mês de 2024, os dados mostram avanço:
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Fonte: Portal do Agronegócio
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