Publicado em: 28/06/2022 às 15:20hs
"Por isso, estratégias focadas na melhoria das condições ambientais e estruturais, assim como aprimoramentos nas condições de manejos, têm sido importantes ferramentas para contribuir para o aumento do consumo e, consequentemente, melhoria do desempenho zootécnico no período", afirma Fernanda Laskoski, Especialista Técnica Nacional de suínos da Auster Nutrição Animal, empresa brasileira especializada no desenvolvimento, pesquisa, produção e distribuição de produtos de alta tecnologia para nutrição animal.
Sob o aspecto das condições ambientais, Fernanda explica que o conceito de ambiência não é somente a mensuração da temperatura local, mas também de gestão, pois envolve conjunto de fatores associados ao ambiente físico, aéreo, térmico, social e acústico dos animais. "Quando falamos em ambiência devemos enxergar o todo, inclusive o clima, que varia de acordo com as diferentes regiões do país. Ainda, a heterogeneidade estrutural das granjas brasileiras, acaba sendo um desafio para manutenção de um ambiente mais adequado para a fase".
O ponto central é que um ambiente em condições inadequadas compromete o desempenho dos animais e o seu bem-estar. "Quando falamos de ambiência, um dos pontos de atenção e que muitas vezes tem sido esquecido a campo, é a qualidade do ar nas instalações de creche. Estudos demonstram que leitões submetidos a baixa qualidade de ar (considerando NH3 e CO2 elevados e com alta concentração de partículas no ar) podem resultar em redução de até 10% do ganho de peso diário e aumento de até 3% na conversão alimentar. Por isso, a qualidade do ar é imprescindível e deve ser ajustada de acordo com as exigências de cada instalação", destaca a médica veterinária na Auster Nutrição Animal.
Ela informa outro gargalo dessa fase: a adaptação do animal a comedouros e bebedouros para estimular o consumo de ração no período pós-desmame. "Várias práticas de manejo focadas na disponibilidade e oferta de ração podem auxiliar a vencer esse desafio. O uso de estratégias como os chamados "tapetes de alimentação" próximos aos comedouros no pós-desmame, assim como ofertar um maior espaço de comedouro aos animais para melhoria no acesso à ração na fase, podem estimular o consumo com consequente aumento do desempenho e oportunidades na redução do percentual de animais removidos durante o período", orienta.
Fernanda Laskoski reforça que é bem-vinda toda e qualquer ação para melhoria das condições de bem-estar, ambiência, nutrição e sanidade dos animais. "Buscar estratégias de manejo e ambiência, de acordo com as características de cada realidade, assim como a manutenção das ações básicas ideais para o desmame, contribuem para o aumento do ganho do peso e a melhoria do bem-estar dos leitões nesse período", conclui.
Fonte: STA PRESS
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