Publicado em: 18/07/2025 às 19:00hs
Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Allan Maia, o cenário atual é de disputas intensas nas negociações, com frigoríficos pouco ativos e atentos ao ritmo do mercado atacadista.
Maia destaca que o consumo interno tende a enfraquecer na segunda quinzena do mês, reflexo da menor disponibilidade financeira das famílias. “Esse menor apelo ao consumo impacta diretamente nas perspectivas de preços para o curto prazo, que seguem pouco otimistas”, afirma.
A competitividade do frango é outro fator que influencia negativamente a demanda pela carne suína. O analista observa ainda que o mercado de carne bovina também enfrenta dificuldades, o que contribui para a pressão sobre os preços de proteínas animais em geral.
Apesar da conjuntura desfavorável no mercado interno, Maia aponta dois fatores positivos: o bom desempenho das exportações brasileiras de carne suína e a estabilidade nos custos de nutrição animal. Esses aspectos ajudam a reduzir a oferta no mercado doméstico e oferecem algum alívio aos produtores.
Levantamento semanal da Safras & Mercado revelou recuos nos preços médios do suíno vivo e dos principais cortes:
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, as exportações brasileiras de carne suína “in natura” somaram US$ 107,32 milhões nos primeiros nove dias úteis de julho. A média diária de receita foi de US$ 11,92 milhões, com 40,39 mil toneladas embarcadas no período — média diária de 4,49 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.657,40.
Em comparação a julho de 2024:
Apesar da pressão nos preços internos por conta do menor consumo e da retração de frigoríficos, as exportações seguem como um dos pilares de sustentação para o setor suinícola brasileiro. A competitividade frente ao frango e ao boi e o controle nos custos de produção também seguem no radar do mercado para os próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
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