Publicado em: 30/12/2025 às 08:30hs
O Chile se tornou, em novembro de 2025, o nono principal destino da carne suína produzida no Paraná, marcando um avanço importante nas exportações do estado. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), foram embarcadas 346,2 toneladas, com receita aproximada de US$ 862 mil, conforme dados da plataforma Comex Stat/MDIC.
De acordo com o boletim, o aumento das compras chilenas ocorreu quatro meses após o reconhecimento oficial do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação, publicado no Diário Oficial do Chile (Nº 44.196, de 11 de julho de 2025).
O status sanitário foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em maio de 2021 e permitiu que o Paraná ingressasse no sistema de pré-listing, que autoriza o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a habilitar frigoríficos sem necessidade de inspeção prévia das autoridades chilenas em cada planta.
Essa medida, segundo o Deral, simplifica os trâmites comerciais e aumenta a competitividade do estado nas exportações de proteína animal.
Antes dessa ampliação, o Chile já havia realizado importações pontuais de carne suína paranaense. Em setembro e outubro, o volume total foi de apenas 23 toneladas, o equivalente a um contêiner, conforme o boletim.
O salto registrado em novembro mostra que o mercado chileno passou a confiar mais na origem paranaense e pode se tornar um parceiro comercial relevante para o setor de proteína animal do estado.
Entre janeiro e novembro de 2025, o Chile se consolidou como o terceiro principal destino da carne suína brasileira, ficando atrás apenas das Filipinas e da China.
De acordo com o Deral, essa nova dinâmica abre oportunidades para o Paraná também em outros mercados ainda fechados ao estado, como Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e México, que atualmente concentram suas compras em Santa Catarina, referência histórica em exportações de carne suína.
Em novembro, Santa Catarina liderou os embarques ao Chile com 5,8 mil toneladas (64,4% do total), seguida por Rio Grande do Sul (2,7 mil t; 30,7%), Paraná (346,2 t; 3,9%) e Goiás (88,6 t; 1,0%).
Embora ainda represente uma fatia menor em comparação aos outros estados do Sul, o Paraná alcançou rapidamente o 9º lugar entre seus destinos de exportação, sinalizando potencial de crescimento nas vendas ao país andino.
O Deral projeta que, em 2026, o Chile continue entre os dez maiores compradores de carne suína do Paraná. A expectativa é que o incremento nas exportações fortaleça o desempenho do estado e contribua para novos recordes no setor, impulsionando o agronegócio paranaense no cenário internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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