Publicado em: 16/10/2025 às 10:55hs
Após meses de perdas, a competitividade da carne suína frente à de frango mostra sinais de reação em outubro, aponta levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Segundo o Cepea, essa mudança no cenário está relacionada ao surto de gripe aviária registrado em maio em uma granja comercial do Rio Grande do Sul, que pressionou os preços do frango entre junho e setembro, afetando a competitividade da proteína suína.
Nos últimos meses, no entanto, os preços do frango começaram a se recuperar. Pesquisadores explicam que a retomada das exportações brasileiras para a União Europeia – suspensas desde maio – impulsionou o movimento de alta da carne de frango. Com a valorização do frango e a queda dos preços do suíno neste mês, a carne suína ganha competitividade frente à proteína de aves, marcando a primeira reação desde o surto da gripe aviária.
De acordo com estimativas da consultoria Safras & Mercado, a produção brasileira de carne suína deve atingir 5,551 milhões de toneladas em 2025, representando um aumento de 3,8% em relação às 5,349 milhões de toneladas produzidas em 2024.
O analista e consultor Allan Maia destaca que as exportações também devem registrar crescimento significativo, com um volume estimado de 1,458 milhão de toneladas, alta de 11,9% sobre os 1,302 milhão de toneladas embarcadas em 2024.
No mercado interno, a disponibilidade de carne suína está prevista em 4,092 milhões de toneladas, um aumento de 1,1% em comparação ao ano anterior, refletindo maior oferta para o consumo nacional.
O cenário atual reforça a tendência de recuperação da competitividade da carne suína, apoiada pelo aumento das exportações e pela estabilidade do mercado interno. Especialistas indicam que a conjuntura de preços e a retomada de envios para o mercado internacional podem continuar favorecendo a proteína suína, oferecendo oportunidades para produtores e indústrias do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
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