Publicado em: 02/07/2025 às 08:00hs
Endêmica no País e de alto impacto econômico, a circovirose suína – provocada principalmente pelo Circovírus Suíno tipo 2 (PCV2) – exige biossegurança rigorosa e vacinação periódica para ser mantida sob controle.
Identificada no Brasil em 1999, a enfermidade causava quadros graves e elevadas mortalidades antes da chegada das primeiras vacinas, na metade dos anos 2000. A imunização reduziu drasticamente casos clínicos e perdas em todo o mundo.
Segundo Amanda Daniel, médica‑veterinária da MSD Saúde Animal, episódios atuais costumam ser mais brandos e, na maior parte das vezes, resultam de falhas de manejo ou conservação inadequada do imunizante – não de perda de eficácia das vacinas.
Com os avanços da biologia molecular, já foram identificados oito genótipos de PCV2; os mais comuns nos plantéis são PCV2a, PCV2b e PCV2d. Embora a diversidade genética tenha levantado dúvidas, ensaios de campo mostram que as vacinas disponíveis oferecem proteção cruzada porque todos os genótipos pertencem a um único sorotipo viral, com propriedades antigênicas semelhantes.
A MSD Saúde Animal mantém quatro vacinas inativadas em linha – PORCILIS® PCV, PORCILIS® PCV ID, PORCILIS® PCV M HYO e CIRCUMVENT® PCV M. As duas últimas combinam antígenos contra PCV2 e Mycoplasma hyopneumoniae, garantindo proteção dupla em uma só aplicação. A empresa conduz monitoramento de farmacovigilância para assegurar que os produtos acompanhem a evolução do vírus.
Como nenhum imunizante é esterilizante, a presença de diferentes genótipos em rebanhos vacinados não é incomum. A vacinação, no entanto, minimiza sinais clínicos e mantém o vírus sob controle, reduzindo perdas produtivas.
Amanda Daniel reforça que saúde e rentabilidade dependem de vigilância constante, protocolos de vacinação bem executados e estratégias de manejo adequadas. “Monitorar o rebanho e aplicar corretamente as vacinas é fundamental para manter a circovirose sob controle”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
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