Saúde Animal

Vacinação reprodutiva: como proteger o rebanho e melhorar a fertilidade

Saiba como a imunização pode prevenir doenças, aumentar a fertilidade e garantir melhores resultados produtivos na pecuária


Publicado em: 05/09/2025 às 14:30hs

Vacinação reprodutiva: como proteger o rebanho e melhorar a fertilidade

A imunização do rebanho é fundamental para preservar a saúde animal, garantir a fertilidade e reduzir prejuízos econômicos. Especialistas reforçam que vacinar contra doenças reprodutivas evita abortos, baixa taxa de prenhez e a transmissão de enfermidades que podem afetar humanos.

Por que a vacinação reprodutiva é essencial

Segundo Gibrann Frederiko, médico veterinário e promotor de vendas da Nossa Lavoura, a vacinação reprodutiva é um dos pilares do manejo sanitário. “Ela previne doenças que afetam diretamente a fertilidade, como brucelose, IBR e leptospirose, além de proteger o rebanho e reduzir perdas econômicas por falhas reprodutivas”, explica.

A falta de vacinação pode resultar em:

  • Maior incidência de abortos e reabsorções embrionárias;
  • Baixa taxa de prenhez;
  • Disseminação de doenças venéreas, como campilobacteriose e tricomonose;
  • Redução da produtividade de carne e leite;
  • Aumento de custos com tratamentos e perdas gestacionais;
  • Risco à saúde pública, já que algumas doenças, como brucelose, são zoonoses.
Vacinas indispensáveis para a reprodução
  • Frederiko destaca a importância de vacinas específicas para garantir bons índices de prenhez:
  • Brucelose (B19) – indicada para novilhas entre 3 e 8 meses;
  • Vacinas polivalentes – protegem contra leptospirose, campilobacteriose e rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR/BVD).

“Esses imunizantes aumentam a segurança sanitária do rebanho, promovem nascimentos saudáveis, melhoram a eficiência reprodutiva e reduzem custos com abortos e tratamentos, elevando a rentabilidade da propriedade”, acrescenta o especialista.

Para touros, a recomendação inclui vacinação anual ou semestral contra IBR, leptospirose e campilobacteriose, protegendo a fertilidade e prevenindo doenças venéreas.

Como montar um protocolo vacinal eficiente

O sucesso da vacinação depende de acompanhamento veterinário regular e registro detalhado de todas as aplicações. Ao planejar o protocolo vacinal, o produtor deve considerar:

  • Condições regionais e prevalência de doenças;
  • Tipo de sistema de produção (intensivo ou extensivo);
  • Fase produtiva dos animais (novilhas, vacas prenhes, touros e bezerros);
  • Calendário da propriedade, integrando vacinação com estação de monta ou ciclos produtivos;
  • Aquisição de vacinas registradas no Ministério da Agricultura;
  • Armazenamento adequado dos imunizantes.
Práticas complementares ao manejo reprodutivo

Além da vacinação, é fundamental adotar medidas que reforcem a saúde reprodutiva do rebanho:

  • Exames reprodutivos periódicos – avaliação andrológica de touros e diagnóstico precoce de gestação em fêmeas;
  • Manejo nutricional adequado – fornecimento de energia, proteína, minerais (como fósforo e selênio) e vitaminas essenciais;
  • Controle de parasitas e pragas – vermifugação e controle de ectoparasitas;
  • Higiene e manejo do acasalamento – prevenção de infecções durante inseminação artificial e restrição de contato entre rebanhos desconhecidos.

“Integrar essas práticas ao calendário de vacinação garante maior eficiência reprodutiva, saúde do rebanho e rentabilidade para o produtor”, conclui Frederiko.

Fonte: Portal do Agronegócio

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