Publicado em: 05/11/2025 às 08:00hs
O tétano continua sendo uma das enfermidades mais temidas na medicina equina, causado pela bactéria Clostridium tetani, presente no solo, matéria orgânica e trato intestinal dos cavalos. A doença é provocada pela tetanospasmina, uma toxina extremamente potente que atinge o sistema nervoso central, bloqueando neurotransmissores inibitórios como glicina e GABA.
O resultado é um quadro de rigidez muscular, espasmos dolorosos e hiperexcitabilidade motora, que podem ser desencadeados até por estímulos leves, como luz ou som.
“O tétano é uma condição com prognóstico reservado. Uma vez que os sinais clínicos aparecem, a reversão é rara, mesmo com tratamento intensivo. Por isso, a prevenção é a única forma realmente eficaz de proteger os animais”, afirma Camila Senna, médica-veterinária e coordenadora técnica de equinos da Ceva Saúde Animal.
A infecção geralmente ocorre por feridas profundas em ambientes com baixa oxigenação, ideais para a multiplicação da bactéria. Portas de entrada comuns incluem:
Os sintomas podem surgir de forma discreta, mas evoluem rapidamente: rigidez difusa, postura de “cavalo serrado”, cauda erguida, orelhas projetadas para trás, trismo e dificuldade de locomoção. Em casos avançados, a doença pode levar a quedas, dificuldade respiratória e morte.
A taxa de mortalidade é alta, variando entre 75% e 80%, mesmo com tratamento intensivo, e sobreviventes podem apresentar sequelas neurológicas permanentes.
Diante da gravidade da doença, a vacinação anual é indispensável em qualquer programa sanitário equino. Imunizantes combinados, como a TRI-EQUI® da Ceva Saúde Animal, associam antígenos contra tétano, influenza equina e encefalomielite viral, oferecendo proteção abrangente e simplificando o calendário vacinal.
“Protocolos combinados facilitam o manejo sanitário e aumentam a adesão à vacinação, garantindo maior segurança e saúde aos equinos”, explica Camila Senna.
Mais do que um procedimento de rotina, a vacinação contra o tétano representa um investimento estratégico. Prevenir uma doença de evolução rápida e alta letalidade protege a longevidade, desempenho esportivo e qualidade de vida dos cavalos, pilares essenciais para a equinocultura moderna.
Fonte: Portal do Agronegócio
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