Muitas pessoas ainda acreditam que o médico veterinário atua exclusivamente no cuidado dos animais, mas esta é uma visão limitada: o médico veterinário também tem a função de assegurar a qualidade e a segurança de alimentos de origem animal que chegam diariamente às nossas mesas, tais como carne, leite, queijo, iogurte, ovos, pescado e mel. Portanto, o médico veterinário contribui e muito para a promoção da saúde humana e as indústrias de produtos animais devem, obrigatoriamente, ter um responsável técnico habilitado para o exercício desta importante função.

O motivo é simples: a falta de higiene em um abatedouro ou frigorífico pode trazer riscos à saúde dos consumidores pois várias doenças podem ser transmitidas por produtos obtidos com matéria-prima inadequada ou manipulados sem observar as normas sanitárias. Compete ao médico veterinário garantir que todas as etapas de produção estejam em conformidade, de maneira a garantir a segurança do alimento.

Por isso, o Instituto Mineiro de Agropecuária, juntamente com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais (CRMV-MG) e a Agropec Consultoria estão realizando a capacitação continuada para médicos veterinários mineiros. O objetivo é atualizar os profissionais que já atuam na área. Os cursos têm uma abordagem objetiva e buscam orientar os profissionais no atendimento da complexa legislação sanitária do Brasil.

A fiscal agropecuária do IMA, Patrícia Barros Reis Fonseca, foi uma das instrutoras do curso “Atualização para Responsáveis Técnicos de Frigoríficos”. Ela comenta que a expectativa da capacitação é gerar bons resultados na melhoria das práticas de higiene nas indústrias, aplicação do bem-estar animal e elaboração de documentos para registro de estabelecimentos.

“Quando se tem profissionais atuantes e preparados, organiza-se a cadeia produtiva e a produção informal de produtos de origem animal passa a contar com orientações precisas e direcionadas para a evolução e organização dos estabelecimentos produtores, conduzindo-os à formalidade, com consequente elaboração de produtos com segurança alimentar”, explica Patrícia Barros.