Publicado em: 26/05/2025 às 13:30hs
A busca por maior eficiência reprodutiva é fundamental para aumentar a produtividade na pecuária moderna. A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é uma das estratégias mais utilizadas para melhorar o avanço genético, organizar o calendário reprodutivo e reduzir o intervalo entre partos.
Entre os diversos protocolos, os que utilizam 7 dias de exposição à progesterona têm se destacado pela eficácia e pela flexibilidade operacional, oferecendo resultados promissores para produtores.
Esse protocolo usa dispositivos intravaginais de progesterona por um período mais curto, o que reduz o intervalo entre a emergência do folículo e a ovulação, melhorando a qualidade do oócito ovulado. Segundo Alexandre Souza, gerente técnico da Unidade de Pecuária da Ceva Saúde Animal, essa curta duração permite folículos dominantes menores no momento da luteólise induzida, ovulando oócitos mais saudáveis e reduzindo ovulações prematuras — um problema comum em novilhas e animais com boa condição corporal.
Para obter os melhores resultados, o protocolo deve ser combinado com o uso de GnRH no momento da inseminação.
Vantagens do protocolo de 7 dias
O uso do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH) no momento da IATF potencializa a resposta reprodutiva, pois induz a liberação de LH, essencial para a ovulação e luteinização. Essa estratégia é especialmente benéfica para fêmeas Bos indicus com menor condição corporal ou folículos menores, casos em que o estro e a ovulação podem ser tardios ou ausentes. Estudos apontam aumento significativo na taxa de prenhez com o uso do GnRH nesses grupos.
Rafael Moreira, gerente da Linha de Reprodução da Ceva, destaca a praticidade do protocolo de 7 dias, que permite programar ciclos reprodutivos padronizados e realizar até seis IATFs por semana. Essa rotina facilita o atendimento de grandes volumes de animais, otimizando mão de obra, insumos e tempo, além de aumentar a produtividade por unidade de área durante a estação de monta.
A adoção desse protocolo resulta em facilidades na execução, melhores taxas de prenhez, maior número de bezerros nascidos no início da estação de parição — o que impacta positivamente o peso à desmama — e redução do intervalo entre partos. Esses ganhos contribuem para o aumento da eficiência zootécnica do rebanho e maior retorno sobre o investimento em biotecnologia reprodutiva.
Para apoiar os pecuaristas, a Ceva Saúde Animal disponibiliza o FOLI-REC®, o primeiro e único eCG recombinante no mercado brasileiro. O produto pode ser usado em protocolos convencionais de 8 ou 9 dias, bem como em protocolos de 7 dias, oferecendo maior flexibilidade.
Produzido por engenharia genética, o FOLI-REC® não utiliza matéria-prima de origem animal, eliminando a necessidade de coleta de sangue de éguas prenhes. Isso melhora o bem-estar animal, reduz riscos de contaminação e garante maior uniformidade entre lotes, independentemente de fatores como raça ou estágio gestacional da égua.
Outro diferencial é sua apresentação injetável pronta para uso, sem necessidade de reconstituição, o que facilita o manejo durante a IATF.
Os protocolos de 7 dias com progesterona, aliados ao uso do FOLI-REC®, representam uma evolução significativa no manejo reprodutivo bovino, combinando eficácia, praticidade e benefícios econômicos para os produtores que buscam otimizar a produtividade do rebanho.
Fonte: Portal do Agronegócio
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