Publicado em: 06/10/2025 às 15:30hs
Carrapatos e verminoses estão entre os maiores desafios sanitários da pecuária brasileira, impactando diretamente a saúde dos bovinos, a produtividade e a rentabilidade das propriedades. Os parasitas provocam anemias, estresse, lesões, diarreia, má absorção de nutrientes, atraso no crescimento, imunossupressão e até mortalidade.
Gibrann Frederiko, médico-veterinário e promotor de vendas da Nossa Lavoura, destaca:
“Esses impactos reduzem o ganho de peso, a produção de leite, afetam a fertilidade e aumentam os custos com tratamentos e mão de obra, comprometendo a rentabilidade da propriedade.”
O controle preventivo é essencial para reduzir a carga parasitária antes que os parasitas se estabeleçam em grandes populações. Segundo Frederiko, tratar os animais apenas quando o problema já está instalado resulta em perdas produtivas e tratamentos mais caros e menos eficientes.
O controle integrado combina diferentes práticas, incluindo:
“O objetivo é interromper o ciclo de vida dos parasitas, reduzir impactos econômicos e ambientais e prolongar a eficácia dos medicamentos disponíveis”, explica Frederiko.
Rotação de piquetes e descanso das áreas ajudam a reduzir a infestação: carrapatos que caem dos animais morrem naturalmente e as larvas de vermes têm seu ciclo interrompido. Além disso, pastagens de qualidade fortalecem a saúde do rebanho.
O estabelecimento de um calendário sanitário permite aplicar tratamentos e vacinações nos momentos ideais, reduzindo uso excessivo de produtos, risco de resistência e custos operacionais.
Vacinas complementam o manejo químico e ajudam a estimular a resposta imunológica dos animais, reduzindo:
“Embora não substituam os tratamentos químicos, as vacinas fortalecem o programa de manejo preventivo e aumentam a eficácia geral das estratégias”, reforça Frederiko.
Observar sinais clínicos como emagrecimento, diarreia, anemia e presença de carrapatos, aliado a exames laboratoriais (como OPG e testes de identificação de carrapatos), permite detectar problemas precocemente e adotar medidas rápidas.
Erros comuns, como uso indiscriminado de produtos, ausência de rotação de pastagens e falta de monitoramento, comprometem os resultados.
Frederiko conclui:
“Um programa integrado garante animais mais saudáveis, maior ganho de peso, melhor produção de leite e fertilidade, redução de custos, preservação da eficácia de medicamentos e melhoria na qualidade dos produtos. Isso se traduz em maior rentabilidade e sustentabilidade da produção.”
Fonte: Portal do Agronegócio
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