Publicado em: 05/11/2025 às 07:00hs
O Ministério da Agricultura prorrogou o estado de emergência zoossanitária devido à gripe aviária, em vigor desde outubro de 2023, quando foram confirmados os primeiros casos do vírus H5N1 em aves silvestres no Brasil. A medida permite acelerar recursos e ações de contenção, reforçando a importância de tecnologias de biossegurança e eficiência sanitária no transporte de animais.
Em 2024, o Brasil exportou 5,2 milhões de toneladas de carne de frango, gerando receita de US$ 9,9 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O controle da doença é fundamental não apenas para a economia, mas também para a saúde pública, já que o vírus pode ser transmitido aos humanos, principalmente por contato com aves infectadas ou superfícies contaminadas.
Para prevenir surtos, as propriedades adotam barreiras sanitárias rigorosas. Entre as medidas estão:
Práticas de manejo são essenciais para reduzir o estresse animal e prevenir doenças. Entre as estratégias:
O transporte de aves é um ponto crítico na contenção de surtos. Caminhões não higienizados podem propagar vírus entre propriedades.
Segundo Vinicius Dias, CEO do Grupo Setta:
"A biossegurança não pode ser um gargalo logístico. Quando um caminhão fica parado 48 horas para descontaminação, isso impacta toda a cadeia produtiva. Tecnologias automatizadas tornam esse controle mais ágil e eficiente."
Um exemplo é o TADD System (Thermo-assisted Drying and Decontamination), desenvolvido pelo Grupo Setta, que realiza descontaminação em 48 minutos usando ar aquecido, sem necessidade de produtos químicos.
A vigilância ativa inclui:
Quando autorizada, a vacinação é aplicada de forma estratégica, considerando:
Vinicius Dias ressalta:
"Cada elo da cadeia precisa reagir com rapidez e precisão. A biossegurança deixou de ser uma escolha e passou a ser uma condição para o futuro da produção animal."
Fonte: Portal do Agronegócio
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