Publicado em: 30/05/2025 às 11:35hs
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) celebrou, ao lado de seus mais de 25 mil associados, o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação. O anúncio oficial foi feito nesta quarta-feira (29), durante a 92ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em Paris, na França.
A conquista representa um marco para a pecuária nacional e deve abrir novas oportunidades comerciais para a carne brasileira, inclusive em mercados internacionais mais exigentes do ponto de vista sanitário. O status reconhecido internacionalmente sinaliza o avanço do país em termos de biosseguridade e controle sanitário, fortalecendo a imagem da produção pecuária nacional.
O reconhecimento é fruto de mais de 50 anos de esforços conjuntos da cadeia produtiva, autoridades e entidades do setor. Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), cerca de 244 milhões de bovinos e bubalinos deixaram de ser vacinados contra a febre aftosa, abrangendo aproximadamente 3,2 milhões de propriedades rurais em todo o país.
O presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid, destacou a importância do momento durante sua participação na assembleia da OMSA:
“Hoje, o Brasil tem que se orgulhar. É uma grande vitória, um momento histórico que é resultado de muito esforço. Parabéns a todos os criadores brasileiros, a todas as autoridades e entidades de classe envolvidas”, afirmou.
A delegação brasileira no evento contou com representantes de diversas instituições ligadas ao setor agropecuário. Acompanharam o presidente da ABCZ:
Representantes da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Imac (Instituto Mato-Grossense da Carne) e Indea-MT (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso)
O certificado oficial foi entregue ao diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Marcelo Mota.
O último registro de febre aftosa no Brasil ocorreu em 2006. Desde então, o país tem implementado medidas rigorosas de vigilância e controle, como a criação de zonas livres da doença. Antes do novo reconhecimento com abrangência nacional, apenas alguns estados e regiões — como Acre, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e partes do Amazonas e Mato Grosso — já haviam recebido o status de livres da doença sem vacinação.
Fonte: Portal do Agronegócio
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