Publicado em: 17/12/2025 às 07:00hs
Com o segundo maior rebanho bovino do mundo e papel estratégico nas exportações globais de carne, o Brasil depende cada vez mais de diagnósticos rápidos e precisos para manter a competitividade e evitar perdas sanitárias.
Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM/IBGE), o país encerrou 2024 com 238,2 milhões de cabeças de gado, número superior à população humana e apenas 0,2% abaixo do recorde histórico de 2023. A região Centro-Oeste segue como principal polo produtivo, com Mato Grosso liderando o ranking nacional.
Em um setor altamente regulado, a detecção rápida de agentes infecciosos — muitos deles zoonóticos — é essencial não apenas para proteger o rebanho, mas também para garantir o acesso a mercados premium e sustentar o status de liderança mundial nas exportações de carne bovina.
Nesse contexto, a Bioclin, empresa brasileira de diagnóstico, tem se destacado pela ampliação de seu portfólio de soluções voltadas à saúde animal, com foco em tecnologias de alta precisão.
A detecção de patógenos nas fases iniciais de infecção é um dos diferenciais tecnológicos dos kits desenvolvidos pela Bioclin.
Segundo Camila Eckstein, médica-veterinária e especialista de produtos da Bioclin, a eficácia dos resultados decorre da combinação entre tecnologia molecular avançada e controle industrial rigoroso.
Os testes baseados em PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) permitem identificar o agente causador da doença diretamente, oferecendo diagnósticos precisos mesmo nas etapas iniciais da infecção.
Entre as doenças de maior impacto econômico na pecuária brasileira está a tristeza parasitária bovina, provocada por agentes como Babesia e Anaplasma. De acordo com Eckstein, trata-se de uma enfermidade especialmente relevante em animais jovens, capaz de gerar grandes prejuízos produtivos.
“Nosso portfólio permite detectar múltiplos patógenos em uma única reação, o que otimiza o exame e acelera a tomada de decisão nas propriedades”, explica a especialista.
A Bioclin também oferece testes voltados a doenças reprodutivas, como brucelose e leptospirose, que estão entre as principais causas de aborto e perdas sanitárias no rebanho.
O avanço das tecnologias moleculares vem consolidando sua importância dentro dos programas de Saúde Única (One Health) — abordagem que conecta a saúde animal, humana e ambiental.
Eckstein destaca que enfermidades como leptospirose e toxoplasmose possuem potencial de transmissão entre animais e pessoas, exigindo vigilância constante.
As ferramentas de biologia molecular podem ser aplicadas não apenas na bovinocultura, mas também na avicultura e suinocultura, promovendo bem-estar animal, segurança alimentar e proteção à saúde pública.
Com domínio completo sobre a tecnologia empregada em seus kits, a Bioclin mantém capacidade de resposta rápida a novas demandas sanitárias.
A especialista ressalta que o desenvolvimento interno permite criar soluções sob medida com agilidade, atendendo até agentes que representam risco emergente para a pecuária.
“A biologia molecular encurta o tempo de resposta e evita longos ciclos de produção dos testes sorológicos. Essa agilidade é essencial diante de doenças emergentes, como a influenza aviária”, afirma Camila Eckstein.
Além do diagnóstico direto em animais, a Bioclin avança em soluções voltadas à qualidade e sanidade de subprodutos, como leite e carne — uma exigência cada vez maior de mercados internacionais e blocos importadores com rigorosos padrões de controle.
Esses avanços reforçam o papel estratégico da inovação tecnológica na sustentabilidade da pecuária brasileira, garantindo rastreabilidade, segurança alimentar e confiança nos produtos de origem animal exportados pelo país.
Fonte: Portal do Agronegócio
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