Publicado em: 01/08/2024 às 13:00hs
A pecuária brasileira enfrenta um desafio constante com o controle de carrapatos, uma questão agravada pela crescente resistência dos parasitas aos tratamentos convencionais. Octaviano Pereira Neto, diretor da Conexão Delta G, ressalta a necessidade de compreender as particularidades da infestação em cada propriedade para estabelecer um protocolo de controle eficaz. Segundo ele, não há uma solução única, pois as condições variam de uma propriedade para outra.
Durante o inverno, a vigilância deve ser intensificada. Apesar de as baixas temperaturas reduzirem o número de larvas, elas não eliminam totalmente a ameaça, já que as fêmeas de carrapato podem sobreviver e iniciar um novo ciclo de infestação na primavera. "Subestimar a presença de carrapatos no frio é um erro comum. O controle deve ser planejado e ajustado conforme o ciclo de vida do parasita", alerta Pereira Neto.
Além dos métodos químicos, a Conexão Delta G defende o uso de estratégias integradas, como o melhoramento genético para resistência aos carrapatos. "Uma recomendação técnica crucial é o uso de touros com características comprovadas de resistência aos carrapatos. Isso contribui para, no médio e longo prazo, reduzir a dependência de tratamentos químicos. A genética superior desses touros ajudará a criar uma população de animais mais resistentes, diminuindo a necessidade de produtos veterinários", explica o diretor.
A Conexão Delta G continua a investir em pesquisa e desenvolvimento para oferecer alternativas inovadoras e sustentáveis de controle, que vão além dos produtos químicos e incluem práticas de manejo e controle biológico. Para Pereira Neto, o futuro do controle de carrapatos na pecuária depende do aumento da conscientização e da capacitação dos produtores. "Educar os produtores sobre o problema e as soluções disponíveis é fundamental. Quanto mais informados estiverem, melhor preparados estarão para proteger seu rebanho e garantir sua rentabilidade", conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
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