Publicado em: 04/02/2014 às 17:40hs
Os pecuaristas do município de Linhares e região precisam ter atenção com os casos de leptospirose bovina neste período. Com as inundações de pastagens, em especial na região do Baixo Rio Doce, em decorrência das chuvas históricas de dezembro passado, aumenta a possibilidade desta doença no rebanho e a perda na produtividade de leite, já que os animais infectados apresentam aborto na gestação, além do risco para a saúde humana pelo potencial zoonótico (transmissão para seres humanos) da doença.
Diante desta situação, a Associação dos Produtores de Linhares e Região (APL) está orientando seus associados, através de assistência técnica veterinária gratuita, sobre os cuidados necessários para evitar prejuízos com a doença. De acordo com o médico veterinário José Carlos Bambini, o produtor deve desconfiar em casos de aborto no rebanho. “O principal sintoma é o aborto dos bezerros no terço final da gestação. Deve-se observar também a cor da urina do animal que apresenta sangue com a doença. Constatando esse problema, o pecuarista deve procurar um profissional da área”, destaca Bambini.
A leptospirose bovina é transmitida, principalmente, através da urina de rato. Por isso, é recomendado atenção com a eliminação dos ratos em galpões de armazenamento de rações, por exemplo. “Nas propriedades que receberam água do rio e estão com águas empossadas ainda é preciso ter atenção redobrada”, alerta o veterinário. Se for detectado a doença na fazenda através de exames laboratoriais, os animais infectados podem ser tratados com antibióticos .
O diagnóstico da leptospirose depende de um bom exame clínico e avaliação laboratorial. Para prevenir com eficácia a doença, somente com a vacinação específica contra a leptospirose em todo rebanho. O controle deve ser feito através do diagnóstico, com tratamento e isolamento dos animais doentes. Os animais devem ser retirados de áreas alagadas e mantidos distantes dos depósitos de alimentos. Em casos de abortos, o feto e restos placentários, devem ser enterrados evitando contaminação. A leptospirose pode atingir também equinos, suínos e cães.
Fonte: Rurale Assessoria de Comunicação
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