Publicado em: 19/12/2025 às 13:30hs
A pecuária de baixo carbono vem se consolidando como uma das principais estratégias do agronegócio brasileiro para aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo, reduzir os impactos ambientais da atividade. Baseada em práticas que favorecem a captura e o armazenamento de carbono (CO₂) no solo, essa abordagem tem ganhado força entre os pecuaristas que buscam eficiência, sustentabilidade e competitividade.
No centro dessa transformação está o manejo adequado das pastagens, considerado o principal pilar para garantir o equilíbrio produtivo e ambiental nas propriedades rurais.
De acordo com o engenheiro agrônomo Hemython Luis Bandeira do Nascimento, doutor em Zootecnia e gerente de P&D e Inovação da Semembrás, o manejo correto dos pastos é fundamental para a boa nutrição do rebanho, a redução da necessidade de abertura de novas áreas e o aumento do sequestro de carbono na vegetação e no solo.
“Quando falamos de pecuária de baixo carbono, estamos nos referindo a sistemas mais equilibrados e resilientes. A chave para isso é o pasto — quando bem manejado e nutrido, ele possibilita maior produção por área e aumento da taxa de lotação”, explica Nascimento.
Entre as principais ações para fortalecer o sistema estão a recuperação de pastagens degradadas, o uso de cultivares adaptadas, o planejamento forrageiro, a rotação de pastagens e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
Além disso, práticas como adubação equilibrada, controle de plantas invasoras e ajuste da taxa de lotação contribuem para melhorar a estrutura do solo e aumentar o teor de matéria orgânica, ampliando a produtividade e reduzindo custos e emissões.
O papel das empresas especializadas em soluções forrageiras tem sido decisivo na expansão da pecuária de baixo carbono no país. A Semembrás, referência nacional no segmento, tem investido em sementes e tecnologias de alta performance, que tornam as pastagens mais resistentes, nutritivas e eficientes.
Essas inovações auxiliam os produtores na construção de sistemas produtivos mais rentáveis e sustentáveis, alinhados às metas globais de mitigação das mudanças climáticas.
“Quando os animais recebem um alimento de melhor qualidade, há uma redução direta na emissão de gases de efeito estufa (GEE)”, destaca Nascimento.
Ao integrar inovação tecnológica, manejo responsável e compromisso ambiental, a pecuária brasileira avança rumo a um modelo em que produzir mais e melhor é totalmente compatível com conservar o solo, a vegetação e o clima.
Pastagens manejadas corretamente oferecem diversos benefícios:
Fonte: Portal do Agronegócio
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