Publicado em: 26/03/2014 às 13:50hs
Durante os três dias da feira, o centro de pesquisa apresentará informações sobre o manejo e o desempenho da cultivar BRS Estribo de capim-sudão, lançada comercialmente no ano passado. A cultivar é uma nova opção de forrageira de verão para os pecuaristas da região Sul e o seu desenvolvimento faz parte de uma parceria entre a Embrapa, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Associação Sul-Brasileira para o Fomento da Pesquisa de Forrageiras (Sulpasto). Para atender o público na feira, estarão presentes os analistas da Embrapa Pecuária Sul Marco Antônio Karam e Marcelo Pilon e a pesquisadora Márcia Silveira.
Nos experimentos realizados na Embrapa Pecuária Sul, coordenados pela pesquisadora Márcia Silveira, os primeiros resultados com animais mostram que esta planta forrageira pode ser utilizada sob pastejo rotativo e pastejo contínuo, sendo possível alcançar bons índices em termos de produção animal quando bem manejada. Segundo a pesquisadora em relação ao capim-sudão comum, a BRS Estribo apresenta uma maior produção de forragem, maior perfilhamento e maior proporção de folhas.
Além dessas vantagens já destacadas, é importante ressaltar que a BRS Estribo é uma cultivar registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com garantia de qualidade e de pureza das sementes, de acordo com a legislação, sendo uma opção interessante para uso e diversificação das pastagens anuais de verão pelos produtores. “São características que trazem maior segurança ao pecuarista, com sementes produzidas e comercializadas com registro no Mapa e uma cultivar que proporciona maior qualidade às pastagens e à alimentação dos rebanhos”, ressalta o pesquisador Daniel Montardo, que liderou as pesquisas de desenvolvimento da BRS Estribo.
A utilização em grande escala do capim-sudão, uma gramínea anual de verão, como forrageira para alimentação animal é relativamente nova, principalmente na região Sul. A espécie era mais usada para produzir palhada e cobertura de solos em áreas de cultivo de grãos no Centro-oeste do país. Com o tempo, as sementes excedentes produzidas nesses sistemas de cultivo começaram a ser utilizadas por produtores da região Sul como forrageira. Com o preço mais em conta que outras alternativas de verão, o capim-sudão apresentou características que, aos poucos, foram popularizando a cultura. Em relação ao milheto, forrageira anual de verão muito utilizada na região sul, a espécie apresenta um ciclo mais longo e, consequentemente, oferta de alimentação para o rebanho por mais tempo. Já em comparação com o sorgo, o capim-sudão não apresenta o risco de toxidade aos animais, conferindo maior flexibilidade ao manejo. Essas são algumas características que levaram os produtores a cada vez mais optar por esta espécie como forrageira.
Parceria
A parceria entre a Embrapa, a UFRGS e a Sulpasto foi firmada em 2008 com o objetivo de atender às exigências da nova lei de sementes, que exige a comercialização exclusivamente de sementes de cultivares registradas pelo Mapa. A própria constituição da Associação Sul-Brasileira de Fomento à Pesquisa de Forrageiras (Sulpasto), reunindo empresas produtoras e comercializadoras de sementes forrageiras do Sul do Brasil, em 2007, faz parte do esforço de adequação deste novo contexto no mercado de sementes forrageiras no país. A meta é lançar cultivares de 13 espécies de forrageiras, leguminosas e gramíneas, de verão e de inverno, adaptadas à região Sul do Brasil.
Fonte: Embrapa Pecuária Sul
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