Pastagens

Impactos da Falta de Chuva nas Pastagens de Inverno do Rio Grande do Sul

A escassez de chuvas nas últimas semanas tem prejudicado o crescimento das pastagens de inverno no Rio Grande do Sul


Publicado em: 12/05/2025 às 16:30hs

Impactos da Falta de Chuva nas Pastagens de Inverno do Rio Grande do Sul

O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (8) aponta que as condições climáticas desfavoráveis afetam diretamente o desenvolvimento das forrageiras, com variações significativas entre as diferentes regiões do estado.

Desenvolvimento das Pastagens no Campo Nativo

Apesar da seca, o campo nativo mantém uma quantidade considerada adequada de forragem na maior parte das áreas. No entanto, o crescimento das pastagens permanece limitado, algo característico do período. A falta de precipitação impacta especialmente as áreas com plantas mais novas, que, devido ao sistema radicular menos desenvolvido, têm maior dificuldade em se expandir.

Regiões com Maior Estresse nas Pastagens

Na região administrativa de Bagé, as pastagens de aveia, azevém e trevos, implantadas após as últimas chuvas, estão apresentando maior estresse. A Emater/RS-Ascar destacou que as plantas mais novas enfrentam dificuldades de crescimento devido ao seu sistema radicular pouco desenvolvido, em comparação com as áreas semeadas em março ou os potreiros com trevos perenizados.

Situação nas Principais Regiões
  • Caxias do Sul: As pastagens de inverno atingiram a altura mínima para o pastejo, permitindo o acesso dos animais. A umidade do solo, juntamente com o sol, favoreceu o desenvolvimento das pastagens.
  • Erechim: Apesar da umidade e dos períodos de sol, as chuvas limitadas prejudicaram a germinação e o crescimento das áreas recém-semeadas de aveia, azevém e trigo para pastoreio.
  • Frederico Westphalen: As pastagens perenes de verão estão na fase final de produção, com o início da implantação das espécies de inverno por sobressemeadura.
  • Ijuí: A produção e oferta de forragem continuam baixas, com o baixo desenvolvimento das forrageiras anuais de inverno. A morte de plântulas pequenas foi observada nas lavouras em início de ciclo.
  • Passo Fundo: As pastagens de aveia, azevém e trigo estão na fase vegetativa. Embora algumas áreas semeadas mais cedo já permitam o pastejo, a maioria ainda não oferece suporte suficiente para os animais.
  • Pelotas: As pastagens anuais de verão encerraram o ciclo produtivo, mas as pastagens perenes de verão ainda contribuem para retardar o vazio forrageiro de outono.
  • Porto Alegre: O desempenho das pastagens e do campo nativo permanece positivo, com oferta de alimento acima da demanda.
  • Santa Maria: As temperaturas amenas favorecem o desempenho dos rebanhos, permitindo um consumo mais eficiente de forragem.
  • Santa Rosa: A deficiência hídrica temporária tem causado estresse fisiológico nas plantas jovens, prejudicando seu crescimento e a fotossíntese.
  • Soledade: A oferta de forragem ao rebanho bovino ainda é suficiente, apesar da diminuição no crescimento das pastagens perenes.
Perspectivas para o Setor

A falta de chuva continua sendo um desafio para o setor agropecuário do Rio Grande do Sul, especialmente no que diz respeito à produção de forragem. A situação das pastagens varia de acordo com a região, com algumas áreas conseguindo suprir as necessidades do rebanho, enquanto outras enfrentam sérias dificuldades no desenvolvimento das pastagens de inverno. As condições climáticas seguirão sendo um fator determinante para o desempenho do setor nos próximos meses.

Fonte: Portal do Agronegócio

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