Publicado em: 05/11/2024 às 08:00hs
A qualidade do capim é um fator tão determinante quanto a disponibilidade de massa seca nas pastagens para a nutrição dos animais. Para os pecuaristas, a atenção especial aos níveis nutricionais da pastagem, que deve ser rica em macro e micronutrientes, é essencial para aumentar a produção de carne por hectare.
A criação de gado a pasto desempenha um papel fundamental na economia brasileira, com cerca de 90% dos 238,6 milhões de bovinos criados sob esse modelo extensivo, conforme dados da mais recente Pesquisa da Pecuária Municipal do IBGE. Atualmente, aproximadamente 177 milhões de hectares de pastagens são utilizados para a produção de carne e leite. Sendo o capim o principal alimento dos animais, sua qualidade não pode ser negligenciada.
Assim como os seres humanos necessitam de uma alimentação equilibrada para manter a saúde, os bovinos também precisam de uma dieta balanceada. Contudo, muitos pecuaristas, ao focarem apenas na produção de volume de massa seca, acabam comprometendo a qualidade do capim e, por consequência, o desempenho do rebanho.
Luiz Vezozzo, gestor da Harvest Agro, ressalta a importância de monitorar os níveis nutricionais do capim para avaliar a produção por hectare. “É comum que os pecuaristas utilizem sal mineral para suprir a falta de nutrientes na pastagem. Entretanto, podemos oferecer alternativas mais eficazes, elevando os níveis nutricionais do capim disponível”, enfatizou.
Atualmente, é frequente encontrar pastagens deficitárias em nutrientes essenciais, como fósforo, potássio e zinco. Isso se deve à falta de correção e adubação adequada dos solos, além da degradação natural do pasto, que não apenas reduz o volume de massa, mas também compromete a oferta de nutrientes. “É importante destacar que cada fazenda possui suas particularidades, como tipo de solo e manejo. Portanto, adotar uma estratégia nutricional padronizada pode prejudicar o desempenho dos animais. Para otimizar os recursos disponíveis, recomenda-se realizar a análise bromatológica do capim, permitindo identificar os fatores limitantes e desenvolver estratégias de solução”, detalhou Vezozzo.
A análise bromatológica do capim é a ferramenta mais precisa para identificar os nutrientes disponíveis no solo. Essa avaliação fornece informações sobre os níveis de macro e micronutrientes nas folhas das forrageiras, permitindo determinar o tipo e a formulação adequada dos suplementos a serem oferecidos aos animais, buscando assim o melhor custo-benefício. A realização dessas análises em diferentes épocas do ano e em várias regiões é crucial, uma vez que a qualidade nutricional do capim é influenciada por fatores como manejo, tipo de solo, região e espécie forrageira.
Por exemplo, pastos manejados em alturas excessivas tendem a apresentar uma qualidade nutricional inferior, assim como o mesmo pasto que pode ter um valor nutricional distinto entre as estações chuvosa e seca. “Devido a esses fatores e ao desequilíbrio nutricional, o produtor leva mais tempo para engordar os bois, o que dilui seus ganhos”, afirma Vezozzo.
Para as fêmeas, a deficiência nutricional pode afetar a taxa de reprodução, resultando em matrizes que demoram mais para ciclar ou que não entram no cio. Isso atrasa a inseminação e a prenhez, comprometendo a produção de um bezerro por matriz a cada ano. “Dessa forma, o pecuarista prejudica seus resultados, uma vez que a vaca precisa emprenhar regularmente e necessita de condições nutricionais adequadas para amamentar e maximizar o peso de desmame de seu bezerro. Portanto, não se pode esperar altos índices de fertilidade e peso de desmame apenas com a quantidade de capim; a qualidade é igualmente fundamental para alcançar resultados diferenciados”, pontua o gestor.
Uma das soluções mais eficazes disponíveis para aumentar a produção de capim de qualidade é o Programa Pasto Forte da Harvest Agro. Este pacote tecnológico consiste em cinco produtos: Stimullum, Impact, Pasto Max, Guepardo e o N32. Em conjunto, esses produtos fornecem importantes macro e micronutrientes, além de uma cadeia completa de aminoácidos e extrato de algas.
O protocolo atua como uma “injeção” de nutrição, aminoácidos e energia nas plantas, favorecendo o desenvolvimento de um sistema radicular mais robusto e duradouro. “Com a tecnologia do nosso programa, repomos as perdas nutricionais do solo através das folhas, potencializando os efeitos fisiológicos das plantas”, detalha Vezozzo.
O Pasto Forte também oferece ganhos significativos para os produtores, como o aumento da disponibilidade de massa seca e dos elementos nutricionais por quilograma de massa seca (na folha), além de um custo reduzido em comparação a outras tecnologias. Observa-se também um efeito antiestresse no pasto, devido ao equilíbrio ideal de aminoácidos livres, bem como a indução da produção de fitoalexinas, hormônios, taninos e lignina, resultando em uma melhor recuperação da planta após estresses, como o uso de herbicidas e períodos de seca.
Outra vantagem do protocolo é a rapidez dos resultados. “Em menos de 30 dias, é possível reintegrar os animais ao pasto tratado. A absorção dos nutrientes do nosso programa pelas plantas é mais eficaz, uma vez que a tecnologia adotada é rara no mercado”, conclui Vezozzo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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