Publicado em: 04/09/2025 às 07:00hs
A chegada de uma nova onda de frio nas regiões Sul e Sudeste do país desafia produtores de gado de corte a manter a saúde, o ganho de peso e a produtividade dos animais. Estratégias nutricionais específicas são essenciais para minimizar os impactos do estresse térmico.
O zootecnista André Alves de Oliveira, doutor em pastagens e nutrição pela Unesp – Campus Jaboticabal e gerente técnico de Gado de Corte da Trouw Nutrition nas regiões Centro-Oeste e Sul, explica que temperaturas abaixo da zona de conforto térmico (cerca de 15º C para animais da raça Nelore) podem reduzir o desempenho entre 10% e 30%.
Situações mais severas, combinando vento, chuva e lama, podem levar à perda significativa de peso, hipotermia e até morte em casos extremos. A redução no consumo de matéria seca e a dificuldade de manter a temperatura corporal são fatores determinantes para essa queda de desempenho.
Segundo Oliveira, a cada 1º C abaixo da temperatura de conforto, a exigência energética do animal aumenta de 1% a 2%. Animais com suplementação básica ou pastagens de baixa qualidade estão mais suscetíveis à perda de peso durante períodos frios.
Uma nutrição adequada, incluindo suplementação mineral proteica ou proteico-energética, pode reduzir as perdas, mantendo o ganho de peso ou ao menos evitando a redução corporal. A recomendação é fornecer suplementos entre 0,1% e 0,5% do peso vivo, podendo chegar a 1% em pastagens muito pobres ou para animais debilitados.
Oliveira destaca produtos específicos para diferentes condições:
No confinamento, recomenda-se aumentar a densidade energética da dieta para compensar a menor ingestão de alimento, evitar a formação de lama e controlar a densidade animal nas baias.
Além da nutrição, o especialista reforça a importância de manter o programa sanitário atualizado, garantindo a resistência e saúde dos bovinos frente ao estresse térmico.
Fonte: Portal do Agronegócio
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