Nutrição

Desafios Nutricionais no Período de Transição das Vacas Leiteiras

Ajustes na dieta são fundamentais para evitar ganho de peso excessivo nesse período crítico


Publicado em: 11/10/2024 às 12:30hs

Desafios Nutricionais no Período de Transição das Vacas Leiteiras

O período de transição das vacas leiteiras, que se estende por 21 dias antes e após o parto, é um dos momentos mais críticos para a saúde e produtividade dos animais. Durante essa fase, as vacas enfrentam o que é conhecido como balanço energético negativo, que pode resultar em imunossupressão e inflamação. Segundo o zootecnista Rafael Cardenas, da Auster Nutrição Animal, "esse balanço é decorrente da baixa ingestão de matéria seca, acompanhada da liberação de corpos cetônicos e ácidos graxos não esterificados, o que indica que o organismo está utilizando lipídios para gerar energia devido aos baixos níveis de glicose".

Ao final da lactação, as vacas tendem a ganhar peso excessivamente devido à diminuição da demanda nutricional para a produção de leite. Caso a dieta não seja ajustada, os animais continuam a consumir a mesma quantidade de alimento, resultando no acúmulo de energia na forma de tecido corporal. Ajustes nutricionais são essenciais para mitigar essa situação, pois visam reduzir o intervalo entre os partos e os Dias em Lactação (DEL), evitando a permanência prolongada das vacas no rebanho e promovendo um emprenhamento mais precoce.

Para controlar a presença excessiva de corpos cetônicos, o ajuste nutricional deve buscar reduzir o escore de condição corporal das vacas para valores entre 3,25 e 3,50 ao momento do parto. A suplementação com cromo é recomendada para prevenir a resistência à insulina, enquanto a colina é um nutriente crucial para promover a exportação de gordura do fígado, evitando o agravamento da esteatose hepática moderada ou severa no pós-parto. "Historicamente, seis em cada dez animais podem desenvolver altos níveis de gordura no fígado durante esse período. Portanto, a colina deve ser incluída na suplementação, pois estudos indicam sua eficácia na redução de casos de cetose, mastite e morbidade", complementa Cardenas.

Conforme evidências apresentadas pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, é fundamental implementar tecnologias nutricionais, como o uso de aditivos alimentares. A monensina, por exemplo, contribui para o aumento da produção de propionato, que está relacionado ao aumento da glicose no sangue, enquanto a colina oferece proteção ao fígado. "Além dos ajustes nutricionais, é importante considerar outros fatores que influenciam a produtividade, como conforto e bem-estar, que envolvem descanso, cama adequada, água fresca, ventilação e aspersão, especialmente em períodos quentes do ano", conclui o zootecnista.

A Auster Nutrição Animal é uma empresa 100% brasileira, dedicada à nutrição de alta qualidade e tecnologia. Com uma equipe técnica altamente especializada, a Auster orienta os produtores de leite na promoção da saúde e produtividade, unindo serviços de qualidade ao desenvolvimento e fornecimento de soluções nutricionais inovadoras para o mercado de nutrição animal.

Fonte: Portal do Agronegócio

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