Publicado em: 25/11/2008 às 10:13hs
A procura por alimentos mais eficientes e econômicos para serem utilizados na alimentação animal é constante. Isto porque a alimentação é responsável por uma parcela significativa do custo total de produção de produtos de origem animal. Desde o século
Em dietas para ruminantes com adequada concentração energética podem ser adicionadas fontes de nitrogênio não-protéico (NNP), como a uréia, para suprir suas necessidades de proteína degradável no rúmen (PDR). Quando há, simultaneamente, energia disponível da fermentação dos carboidratos e da amônia, a amônia é utilizada para produção de proteína microbiana, que, posteriormente, sofre digestão no abomaso e no intestino delgado, liberando aminoácidos para absorção.
Por outro lado, a utilização de fontes de NNP na alimentação de ruminantes apresenta limitações, como a pouca aceitabilidade pelos animais, a segregação quando misturada com farelos, a toxicidade e a solubilidade elevada no rúmen.
Sabe-se que a toxicidade da uréia agrava-se quando é consumida em quantidades elevadas e num curto espaço de tempo. No entanto, quando a uréia é extrusada com amido (sorgo ou milho), a toxicidade parece reduzir em função da liberação mais lenta de amônia no rúmen quando comprada à uréia tradicional. A liberação lenta de NNP também favorece a digestão de celulose, já que promove um ambiente ruminal com disponibilidade de amônia por um longo período de maneira constante para ser usado pelas bactérias celulolíticas.
Esta redução depende da qualidade do processo de extrusão, principalmente no que se refere à mistura, temperatura, pressão e tempo de permanência na extrusora. O produto resultante da extrusão do amido com a uréia é denominado amiréia (ou “starea” nos EUA).
A amiréia constitui-se uma forma adequada de fornecimento de uréia, podendo ser utilizada na produção de concentrados protéicos para a suplementação de ruminantes. No entanto, considerações com relação ao desempenho dos animais e a viabilidade econômica do uso desse produtos em dietas para ruminantes sempre devem ser feitas para evitar gastos desnecessários.
Ana Karina Dias Salman
Zootecnista
Pesquisadora da Embrapa Rondônia
Fonte: Embrapa Rondônia
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