Equídeos

Como as feridas afetam o desempenho dos equinos?

Com alta prevalência, lesões podem gerar desvalorização zootécnica e uma série de complicações para os animais


Publicado em: 08/03/2021 às 13:20hs

Como as feridas afetam o desempenho dos equinos?

As feridas são um problema recorrente na equinocultura, sendo um dos motivos mais comuns de atendimento veterinário. Os equinos em geral apresentam uma grande propensão ao surgimento de pequenas lesões cutâneas devido ao seu temperamento, força física e tamanho. Com causa multifatorial, as feridas  são ocasionadas por uma série de fatores externos inerentes aos desafios ambientais vivenciados pelos equinos, podendo surgir nos momentos de embarque ou desembarque de transportes, movimentação dentro de cocheiras com instalações inadequadas, em momentos de lazer no pasto, ou mesmo na realização das atividades atléticas.

As feridas traumáticas de membros, embora sejam de alta prevalência e incidência, tendem a promover desvalorização zootécnica do animal, defeitos e complicações, como tecido de granulação exuberante (TGE), e infecções secundárias. As diferentes classificações de feridas cutâneas ditam as abordagens necessárias. O tratamento indicado irá depender da natureza da lesão, profundidade e grau de contaminação.

“As feridas localizadas nas extremidades distais dos membros dos equinos possuem uma maior importância devido as condições anatômicas da própria região, como baixa circulação sanguínea, pouca quantidade de tecido de revestimento, maior predisposição à contaminação e infecções pela proximidade ao solo, além de existir uma grande concentração de estruturas importantes para o movimento ideal do membro equino, visto que essa área está próxima às articulações do animal”, detalha a médica veterinária e gerente de linha de produtos para equinos da Ceva Saúde Animal, Baity Leal.

Outro ponto de atenção são as automutilações, ou seja, as lesões infringidas pelo próprio animal, normalmente originadas pelo casco do membro oposto. Elas variam desde escoriações triviais à processos incapacitantes, principalmente quando atingem tendões e ligamentos. A maioria destas lesões ocorre nos talões, parte interna da canela, abaixo do carpo e no curvilhão. Lesões em coroa de casco são menos comuns e ocorrem normalmente quando o animal se pisa durante o transporte.

“É importante relembrar que traumas de qualquer origem provocam reações do organismo, principalmente a inflamação do local atingido, promovendo dor, rubor, calor e edema. Por serem extremamente sensíveis, qualquer incômodo nos membros dos equinos ocasiona um quadro de manqueira pela relutância em apoiar seu peso no membro que incomoda, podendo ocasionar problemas nos outros membros quando não tratado rapidamente e de forma adequada”, explica Baity.

Além da limpeza e higiene do local ferido, alguns casos mais graves podem precisar do auxílio de antibióticos e anti-inflamatórios, associados à repouso e cuidados tópicos com elementos como o Equiderm, produto desenvolvido pela Ceva com efeito anti-inflamatório, antibacteriano, antipruriginoso e fungicida

Nem sempre evitar feridas de membros nos equinos é uma tarefa fácil, mas algumas medidas simples podem ser importantes aliadas. “A limpeza adequada dos pastos, baias e piquetes reduz as chances de ferimentos por corpo estranho, assim como um ferrageamento mais específico pode ajudar a evitar que o animal se alcance e lesione os talões. Além disso, não negligenciar o uso das caneleiras, boleteiras, cloches, faixas e ligas, seja em transporte ou em treinos/provas, já que estes equipamentos servem exatamente para proteger o animal contra este tipo de lesão. E mais importante de tudo, manter a vacinação de tétano em dia para evitar que o animal se contamine com a patologia caso sofra uma lesão cutânea”, finaliza Baity.

Fonte: Ceva Saúde Animal

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