Publicado em: 15/09/2020 às 13:20hs
Por decisão da Diretoria da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), a Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, edição 2020 está, oficialmente, adiada. A resolução ocorre em consequência dos desdobramentos da pandemia do novo Coronavírus.
Maior evento equestre de uma mesma raça de equinos da América Latina, a Exposição Nacional do MM, é também o maior evento privado da cidade de Belo Horizonte (MG), segundo a Belotur.
Tradicional no calendário de festas do belo-horizontino, a Exposição Nacional do MM, acontece no Parque de Exposições da Gameleira (Avenida Amazonas 6020) sempre nos meses de julho, desde 1982. Definitivamente adiada para 2021, a mostra, aconteceria de 21 de outubro a 7 de novembro de 2020. A nova data da 39ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador será entre os dias de 17 e 31 de julho do ano que vem.
Durante 12 dias, cerca de 1700 animais de Marcha Picada e Marcha Batida, oriundos de criatórios de todo o Brasil, são julgados em competições de Marcha (andamento) e Morfologia (caracterização racial).
Com vasta programação social, a feira atrai famílias inteiras para o Parque da Gameleira, são mais de 20 mil visitantes diariamente. A movimentação financeira entre criadores gira em torno de 25 milhões de reais.
Certa de seu importante papel no agronegócio nacional e na sociedade, a entidade não poderia ficar atrás em adotar a medida com objetivo de assegurar a vida e mitigar o impacto da doença.
Para o presidente da ABCCMM, Daniel Borja (também conhecido como Daniel Siriema), o adiamento se fez necessário devido ao atual quadro de saúde pública que estamos vivendo. “Ficamos sentidos em não realizarmos a tão esperada Nacional em 2020, mas acredito que o momento ainda é de nos resguardarmos para fazermos no ano que vem, uma exposição à altura do nosso Mangalarga Marchador, um evento democrático, feliz e com tudo que os nossos associados têm direito”, informou.
O Mangalarga Marchador é uma raça brasileira, proveniente do sul do Estado de Minas Gerais, fruto do cruzamento de cavalos Álter, de origem portuguesa, com éguas selecionadas para sela. Ela teve expressiva influência na história brasileira ao participar de todos os seus ciclos econômicos. Docilidade, comodidade, beleza e rusticidade são características que ganharam a simpatia da maioria dos criadores de cavalos no Brasil e contribuíram para a formação da maior raça da América Latina.
O Mangalarga Marchador possui colaboração expressiva na equinocultura nacional que emprega 200 mil pessoas. Os números mais próximos que o setor dispõe foram elaborados e apresentados, por meio do “Estudo do Complexo do Agronegócio Cavalo”, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com atualização parcial, em 2016, confirmando a grandiosidade do segmento, com negócios que movimentavam, segundo estimativas da época, cerca de R$ 16,5 bilhões ao ano e empregavam mais que a indústria automobilística.
Fonte: ABCCMM - Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador
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