Caprinos e Ovinos

Clima de otimismo para as feiras de ovinos

Em função da pandemia da Covid-19, alguns destes eventos devem adotar o formato semi-presencial no verão de 2021


Publicado em: 15/01/2021 às 08:40hs

Clima de otimismo para as feiras de ovinos

Nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, pelo menos quatro feiras que fazem parte do calendário oficial da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) já têm suas realizações confirmadas no Rio Grande do Sul. Os eventos ocorrem em Bagé (Agrovinos), Pinheiro Machado (Feovelha), Herval e Jaguarão.

Quanto ao formato (se os eventos serão presenciais, semi-presenciais ou virtuais), o presidente da Arco, Edemundo Gressler, afirma que é algo difícil de prever. “Acreditamos que os organizadores devem privilegiar o formato semi-presencial, com a circulação restrita de expositores e compradores e a maior parte da comercialização feita de forma virtual”, projeta o presidente da entidade.

O dirigente ressalta, porém, que a associação irá exigir de todos os eventos oficiais o rigoroso cumprimento dos protocolos de prevenção à Covid-19, tendo em vista a segurança e a saúde dos participantes. Os sindicatos rurais de Jaguarão e Herval garantiram as datas para seus eventos, mas ainda não definiram como eles ocorrerão. A entidade de Jaguarão, que realiza sua feira de ovinos nos dias 27 e 28 de fevereiro, promete remates semi-presenciais, com o controle de circulação de público, e lives técnicas para difundir informações aos criadores.

Já em Herval, a 43ª Expofeira de Ovinos deve ocorrer entre os dias 3 e 7 de fevereiro, com remates on-line e presença física apenas dos expositores (criadores, tratadores, veterinários, etc). A secretária do sindicato, Gislaine Puccinelli, disse que a decisão de manter a feira, apesar da pandemia, se deveu à importância da ovinocultura para o município e ao retorno esperado pelos produtores, que, no ano passado, comercializaram R$ 751,2 mil na exposição. 

O papel das feiras e remates, apesar da pandemia, não pode ser diminuído, garante o presidente da Arco. Ele lembra que para compor um bom rebanho, com animais de alta genética, é muito importante que o produtor tenha acesso a estes eventos, onde é possível adquirir exemplares certificados de cada raça. Gressler também realça que as feiras e remates são uma vitrine do trabalho de um ano inteiro de criadores que se dedicam a trabalhar os melhores reprodutores ovinos. “A seleção do rebanho é a principal motivação destes eventos, que vão continuar acontecendo, adequados, claro, à situação que estamos vivendo”, observa. 

Gressler revela que o ano de 2020 foi muito produtivo para a ovinocultura gaúcha, com melhora expressiva na valorização da carne e de outros subprodutos da criação. Ele salienta que a propagação de eventos virtuais, como lives de palestras, ofereceu a oportunidade de conhecimento para muito mais ovinocultores do que em anos normais. “Houve a democratização de informações, uma chance da ovinocultura se organizar para 2021”, ano que, complementa o dirigente, “será de crescimento”. 

Fonte: Correio do Povo

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