A raça holandesa ganha uma nova recordista em produção de leite. Germina Zoraide Locust 479, filha do touro Locust, da CRI Genética, atingiu o título em sua última lactação, fechada em maio de 2013, com marca de 27.442,1 quilos de leite em 365 dias. A vaca, que é de propriedade do criador Bernardo de Araújo Jorge (Marilândia – PR), tem sete anos e estava em sua quarta cria quando chegou a esse número. Além disso, também foi a primeira no Brasil a ultrapassar 100 quilos produzidos em um dia, no torneio leiteiro do Camaru, em Uberlândia, no ano de 2012.

De acordo com Bernardo de Araújo, que é também representante da CRI na região de Apucarana (PR), a genética do animal é fator decisivo para alcançar resultados como esses. “Uma vaca só rende essa quantidade se seu potencial genético permitir que isso aconteça. Um animal não exprime toda sua possibilidade de produção apenas com dieta e conforto animal, é uma união de fatores, sendo a genética, a base”, analisa.

Zoraide participou de outro torneio durante a última lactação e teve algumas pesagens de leite acima de 90 quilos. Em média, 75 quilos de leite foram produzidos diariamente entre maio de 2012 e maio de 2013. A qualidade do produto também é significativamente positiva. O índice de gordura foi de 2,5 % e de proteína, 2,7 %.

Bernardo explica que as vacas de maior produtividade na fazenda são direcionadas para participar dos torneios leiteiros e, para isso, recebem manejo intensificado, que as prepara para o desafio. “Ficam confinadas, em baias com cama de areia, ventilador e alimentação enriquecida”.

O criatório de onde provém a recordista é 100% CRI na raça holandesa, uma parceria de 23 anos. Há outras filhas de Locust no rebanho e muitas são destaques, com “ótimo desempenho produtivo e excelente conformação”, segundo Bernardo.

A vaca Zoraide traz em sua árvore genealógica outro reprodutor Holandês que se consagrou na bateria da CRI: Wil-Tel Alvin – avô materno da recordista de produção e pai da única vaca brasileira com classificação Excelente 95 para Tipo. Apesar de já falecidos, Locust e Alvin continuam contribuindo para os principais resultados da raça holandesa, graças às tecnologias de reprodução que permitem a difusão de genéticas consistentes através das gerações.