Bovinos Leite

Seca, muita oferta e pouco preço para o produtor

A seca, que assola especialmente a região oeste de Santa Catarina, começa a somar prejuízo para o produtor de leite


Publicado em: 12/04/2012 às 17:20hs

Seca, muita oferta e pouco preço para o produtor

O estado tem uma relação diferenciada com este tipo de cultura. Assim como no Rio Grande do Sul, o leite está associado a uma renda extra mensal às famílias rurais. E isto é um dos motivos que mantém muitos ainda no campo porque as safras anuais - como o fumo e o arroz, por exemplo -, não garantem o sustento.
 
O problema é que agora a família rural tem mais prejuízo do que lucro. Cada litro de leite produzido não é vendido por mais de R$ 0,60 às indústrias de laticínios. Paralelamente a isso, a agricultura familiar neste segmento segue em decadência por conta da abertura do mercado externo.
 
Representante da região no Conselho Paritário do Leite (Consleite), Edésio Oenning não é nem um pouco otimista com relação ao atual cenário. “A tendência é cair ainda mais. Especialmente por conta do clima. Tem produtor rezando para que não chova porque senão teremos bons pastos e ainda mais oferta no mercado”, explica.
 
Se para o produtor a situação não é das melhores, para a dona-de-casa a grande oferta de leite no mercado também não traz grandes vantagens. Em Tubarão, por exemplo, o valor mínimo do alimento nos supermercados não baixa de R$ 1,44. Este preço diz respeito a uma marca importada. Entre as nacionais, o menor valor encontrado é bem superior: R$ 1,66.

  • 50 mil famílias catarinenses complementam a renda com a produção de leite;
  • 350 mil litros de leite são recolhidos e processados por dia pela agroindústria da bacia leiteira do Vale do Braço do Norte;
  • 11 pequenos laticínios atuam na região. Braço do Norte é o município líder na produção de leite.

Fonte: Jornal Notisul

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