Publicado em: 05/12/2013 às 09:10hs
Um grupo de 79 produtores de leite cooperativados à indústria de Laticínios Seberi, no Norte do Estado, assinaram, na manhã desta quarta-feira, contrato de subvenção do Programa Mais Leite de Qualidade e se habilitaram a adquirir, com o apoio do Governo do Estado, ordenhadeiras e resfriadores de expansão.
Querem produzir mais, com mais qualidade e ter mais dinheiro no bolso. Adão Saldanha, um dos sete produtores contemplados, produz 120 litros por dia. Com dez vacas, ele deixará de fazer o trabalho manual ao utilizar a ordenhadeira que comprou.
Sobrará tempo para cuidar do feijão, do fumo e do milho. Investimentos como o dele se pagam antes do terceiro ano, justifica o secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi. “O programa tem três anos de carência para começar a pagar. Quando ele começar, já vai ter tirado o custo”.
Aumento da produção
A meta de duplicar a produção de leite no Estado encontra guarida nas cooperativas e no mercado, conforme Mainardi. A indústria Seberi, por exemplo, tem quase o dobro da capacidade de recebimento do que usa atualmente. Se o objetivo é saltar de 10 milhões de litros por dia para 20 milhões em dez anos, a perspectiva da empresa também é aumentar em 100%.
“Os produtores hoje sabem o que querem: produtividade, qualidade e diminuição de custos de produção. Encontramos espaço de diálogo neste governo, o que não aconteceu em outros. Sabemos com quem estamos caminhando. Somos parceiros de quem é nosso parceiro”, pontuou Clovis Roesler, presidente da Associação de Pequenas Indústrias de Laticínios do RS (Apil).
Para Mainardi, a cadeia do leite é a que mais tem mercado para crescer. Ao contrário de alguns grãos, por exemplo, que lutam para equilibrar oferta e procura, o leite tem espaço para ser exportado a outros estados e até para fora do país. “Mas, primeiro é preciso organizar a cadeia, que ainda é bastante desorganizada. Por isso, estamos contando com a aprovação dos projetos do Prodeleite e do Fundoleite que estão na Assembleia Legislativa. A partir disso, pretendemos criar o Instituto Gaúcho do Leite, para fomentar ações na área”.
Em 2022, na projeção do secretário, se o Estado já estiver produzindo os 20 milhões de litros/dia e a população consumindo cinco milhões – hoje consome quatro -, sobrarão 15 para exportação.
“Para chegarmos neste patamar, uma combinação é fundamental: genética, tecnologia e manejo. Claro, contando sempre com a sanidade e qualidade do produto. É uma exigência dos principais mercados importadores. Se quisermos atingi-los, o status sanitário tem que ser tratado com questão preponderante”, concluiu Mainardi.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio
◄ Leia outras notícias