Bovinos Leite

Mastite clínica e subclínica: entenda os impactos e a prevenção na pecuária leiteira

Ambiente limpo e manejo adequado são essenciais para controlar a doença que compromete a produção e a rentabilidade do leite


Publicado em: 22/07/2025 às 15:00hs

Mastite clínica e subclínica: entenda os impactos e a prevenção na pecuária leiteira
Foto: Megumi Nachev/Unsplash
Brasil entre os maiores produtores de leite e desafio da mastite

Com uma produção anual de cerca de 35 bilhões de litros, o Brasil está entre os maiores produtores de leite do mundo. Para manter e expandir essa produtividade, o controle da mastite é um desafio central para o setor.

Segundo o médico-veterinário Felipe Pivoto, gerente de serviços técnicos da Vetoquinol Saúde Animal, a mastite é a doença mais comum em bovinos leiteiros e uma das que mais impacta negativamente a rentabilidade da produção.

O que é mastite e suas formas clínicas

A mastite é uma inflamação da glândula mamária causada por bactérias, vírus ou fungos. Ela pode se manifestar de duas formas:

  • Mastite subclínica: silenciosa e persistente, sem sinais visíveis no úbere ou no leite. É identificada por meio do Teste CMT (California Mastitis Test), aumento na contagem de células somáticas (CCS) ou cultura bacteriana.
  • Mastite clínica: apresenta alterações visíveis no úbere e no aspecto do leite, sendo mais fácil de detectar.

Pivoto explica que a forma subclínica é mais comum e, mesmo sem sintomas aparentes, provoca queda significativa na produção e na qualidade do leite, afetando a rentabilidade tanto do produtor quanto da indústria.

Classificação da mastite clínica

A mastite clínica pode ser dividida em três graus:

  • Grau 1: alterações apenas no leite;
  • Grau 2: alterações no leite e no úbere;
  • Grau 3: alterações no leite, úbere e sinais sistêmicos (mais graves).
Fatores de risco e prevenção

Entre os fatores que aumentam o risco da doença estão:

  • Presença de bactérias contagiosas e ambientais;
  • Falhas no manejo da ordenha;
  • Ambientes sujos e úmidos;
  • Baixa imunidade das vacas lactantes;
  • Erros nutricionais e sanitários.

A prevenção depende de mitigar esses fatores por meio de um ambiente limpo e cuidados adequados com os tetos das vacas.

Tratamentos e soluções para a mastite

Para o tratamento da mastite clínica, o uso de anti-inflamatórios é fundamental para garantir o bem-estar animal e conter a progressão da doença.

Entre os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), destaca-se o Tolfedine® CS, à base de ácido tolfenâmico, que é administrado por via intravenosa e apresenta ação rápida e eficaz.

Dependendo do agente causador e do grau da mastite, outros produtos importantes são:

  • Forcyl®, à base de Marbofloxacina com o conceito exclusivo SISAAB;
  • AcurA®, à base de Ceftiofur, que pode ser aplicado em dose única.
Compromisso com a saúde do rebanho

Com essas soluções integradas, a Vetoquinol reforça seu compromisso em oferecer tratamentos eficazes para a mastite, contribuindo para a saúde dos bovinos e a sustentabilidade da produção leiteira.

Fonte: Portal do Agronegócio

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